O grupo francês de transporte de contêineres CMA CGM está buscando um plano para reconstruir o Porto de Beirute dentro de três anos, apesar do impasse político no Líbano que impediu decisões sobre o porto desde a explosão em agosto passado.
Uma explosão química no porto matou 200 pessoas e destruiu bairros inteiros, aprofundando a pior crise política e econômica do Líbano desde a guerra civil de 1975-1990.
PUBLICIDADE
O plano da CMA CGM, delineado pela primeira vez às autoridades libanesas em setembro, prevê a reconstrução de docas e armazéns danificados, juntamente com a expansão do porto e digitalização, a um custo total estimado em US$ 400 milhões a US$ 600 milhões.
A CMA CGM é controlada pela família franco-libanesa Saade e o grupo se juntou ao presidente francês Emmanuel Macron nos esforços de socorro em Beirute após a explosão no verão passado.
Além de devastar a seção a granel do porto de Beirute, a explosão do ano passado destruiu equipamentos no terminal de contêineres. Isso dobrou o tempo de espera dos navios.
A CMA CGM é a operadora de navegação líder no Porto de Beirute, respondendo por 60% dos volumes, e é candidata, em parceria com a MSC, com sede na Suíça, para a concessão do terminal de contêineres.
Especula-se que um processo de licitação para operar o terminal de contêineres, retido pela crise política, será relançado em duas semanas.