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Comemoração - Pirataria é tema do Dia Marítimo Mundial

No dia 29 de setembro, foi comemorado o Dia Marítimo Mundial. Em solenidade realizada no Centro de Instrução Almirante Graça Aranha (Ciaga), no Rio de Janeiro, foram lidas as palavras do secretário-geral da Organização Marítima Internacional (IMO), Efthimios Mitropoulos. No documento, lido pelo presidente do Centro de Capitães da Marinha Mercante, capitão de longo curso Álvaro José de Almeida Junior, Mitropoulos defende o combate à pirataria a fim de dar mais segurança aos marítimos. Esse foi o tema abordado pela entidade no dia comemorativo.

O secretário geral da IMO destaca que, graças a esforços conjuntos, a pirataria foi significativamente reduzida nos últimos anos.

No entanto, Mitropoulos ressalta que a pirataria é um problema vivenciado em outras regiões do mundo, como o largo da costa da Somália, no Golfo de Aden, no Mar Arábico, e em parte do Oceano Índico. Ele lamenta que muitos navios passaram a não mais transitar pelo Golfo de Aden, optando pela rota do Cabo da Boa Esperança, aumentando o percurso e os custos dessas viagens.

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Mitropoulos cita estudo que aponta que 4.185 marítimos foram atacados por piratas usando armas de fogo, em 2010, sendo que 1.090 foram feitos reféns e 488 sofreram significativo abuso psicológico ou físico. Além disso, estima-se um prejuízo anual entre US$ 7 bilhões e US$ 12 bilhões com a pirataria. “Navios transportando óleo provenientes do Golfo Pérsico e do Golfo de Aman estão na mira dos piratas, os quais se tornaram mais atrevidos, audaciosos, agressivos e violentos e parecem estar bem mais organizados. Sequestro  e resgate têm sido o modo de operação no caso da Somália e existem centenas de marítimos presentemente sendo mantidos reféns a bordo de navios sequestrados, durante períodos de seis meses em média”, afirma.

A IMO desenvolveu um plano de ação multifacetado, integrado a ações das Nações Unidas, estados e governos agindo coletiva ou individualmente. Para Mitropoulos, as companhias de navegação devem assegurar-se de que seus navios rigorosamente aplicam diretrizes da IMO e as melhores práticas desenvolvidas pela indústria. O secretário-geral da entidade acredita que muito ainda precisa ser feito contra a pirataria, incluindo a captura, julgamento e punição para todos aqueles envolvidos, além do rastreio do dinheiro do resgate e o confisco dos ganhos oriundos dos crimes de sequestros.

Em seu discurso, o vice-almirante e diretor de Portos e Costas da Marinha do Brasil, Eduardo Bacellar Leal Ferreira, diz que as palavras da IMO espelham com clareza a dimensão do problema e a necessidade de ações cada vez mais orquestradas por parte da comunidade internacional para combatê-lo. Bacellar destaca que o Brasil, por intermédio de representação permanente junto à IMO, em Londres, vem participando da busca e do encaminhamento de soluções para acabar com a pirataria. O diretor de Portos e Costas da Marinha lembra que o crescimento da frota exige significativo e contínuo incremento na quantidade de profissionais colocados à disposição do mercado, o que tem levado o Sistema de Ensino Profissional Marítimo a trabalhar nos seus limites e a adotar soluções originais para as dificuldades enfrentadas.



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