Aconteceu hoje, 31, a quarta reunião da Câmara Setorial Temática (CST) da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, criada para avaliar, discutir e propor medidas para os portos da região oeste e a efetivação da hidrovia Paraguai-Paraná. A CST, está estudando as possibilidades econômicas e ambientais sobre o transporte de produtos importados e exportados ao longo da hidrovia.
Nesta reunião, foram abordados os dados técnicos de possíveis impactos ao meio ambiente na região. A doutora de Ciências Ambientais da Universidade Estadual de Mato Grosso (UNEMAT), Solange Castrilon, apresentou um estudo do rio Paraguai, com impactos ambientais e toda a logística da hidrovia.
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Para Sinara Piran, presidente da CST, a intenção é trazer todos os atores envolvidos com a hidrovia para o debate e, com isso, formatar um documento que mostra a viabilidade do transporte efetivo de cargas ao longo da hidrovia. Hoje, segundo ela, a hidrovia transporta apenas pessoas e seria uma alternativa para o escoamento de grãos.
“É preciso levantar quais são os principais impactos na instalação de portos ou estação de transbordos ao longo do rio, os impactos que possam ser causados ao meio ambiente e como vai funcionar a logística na região. Precisamos desses dados técnicos que possam chegar a um consenso entre o custo-beneficio desse empreendimento”, disse Sinara Piran.
O deputado Dr. Leonardo Albuquerque (PSD), autor da instalação da CST, afirmou, em reunião anterior, que a discussão vem num momento oportuno e fundamental para alavancar o desenvolvimento econômico da região. Segundo o parlamentar, o transporte – Cáceres a Corumbá – é utilizado para barcos de turismo e não para escoar a produção mato-grossense.
“Hoje, o custo Brasil é muito alto. Mato Grosso é um estado de economia primária, mas perde parte da riqueza no momento do exportar a sua produção. O momento é fundamental para discutir transporte intermodal, e a hidrovia demonstra que o custo é menor que o transporte rodoviário”, destacou o parlamentar.
Mas para que isso seja efetivado, de acordo com Dr. Leonardo, a nova alternativa de transporte tem que ser fixada no tripé econômico, social e ambiental. “Importante a discussão. O momento é agora. Não é apenas uma hidrovia Paraguai-Paraná, mas uma hidrovia do Mercosul. Há muitos anos, na região não é transportado nenhum grão pela hidrovia”, lembrou o parlamentar.
Fonte: 24 horas news