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Custo ameaça expansão


Consórcio discute com autoridade do Canal do Panamá despesas extras e pode paralisar obras - A abertura de diálogo entre o consórcio construtor GUPC (Grupo Unidos Pelo Canal) e a Autoridade do Canal do Panamá (ACP) impediu a suspensão das obras de expansão do complexo que estava prevista para acontecer no último dia 20 de janeiro, conforme pré-aviso anunciado em dezembro. A princípio, as partes informaram que as conversas em busca de solução seriam mantidas até o dia 1º de fevereiro de 2014. Até o fechamento desta edição, no entanto, nenhum acordo havia sido anunciado e seguia o impasse.

A ACP afirma que o consórcio reduziu nos últimos dois meses mais de 70% do ritmo de trabalho e considerou a ação uma violação do contrato. Segundo a ministra panamenha do Trabalho, Alma Cortés, as obras de ampliação chegaram a ficar 90% paralisadas em janeiro.

O GUPC, liderado pela construtora espanhola Sacyr e pela italiana Impregilo, pede cerca de US$ 1,6 bilhão para cobrir custos adicionais. O consórcio alega que essa diferença o deixou sem liquidez para continuar a construção, que envolve o terceiro conjunto de eclusas da via interoceânica. De acordo com o GUPC, esse projeto já está 70% concluído.

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O protocolo de negociação acordado, segundo o consórcio, prevê discussões sobre as soluções completas, incluindo a proposta de cofinancimento que envolve a ACP, GUPC e a Zurich, seguradora do projeto. A Zurich guarda a caução de US$ 600 milhões que depositou ao GUPC para desenvolver o canal do terceiro conjunto de eclusas e que agora está sendo solicitada pelo consórcio.

Em janeiro, durante uma reunião fechada, a Zurich propôs às demais partes — ACP e GUPC — uma alternativa que não foi divulgada. O administrador do Canal, Jorge Quijano, que participou da reunião, acredita que essa sugestão pode dar uma solução no longo prazo ao conflito contratual.

— O GUPC propôs um protocolo de negociação, que é semelhante a um novo conceito de cofinanciamento, que faz parte de seus contínuos esforços para o projeto prosseguir, apesar das condições imprevistas que aconteceram na obra — dizia o comunicado sem entrar em detalhes.

Em 2009, o GUPC venceu licitação para o planejamento e construção do projeto, com uma oferta de US$ 3,118 bilhões, abaixo do preço máximo estabelecido pela ACP (US$ 3,481 bilhões). A autoridade do Canal do Panamá diz que pagou US$ 2,831 bilhões ao consórcio, sendo US$ 784 milhões em antecipações reembolsáveis, além de, pelo menos, US$ 160 milhões em custos adicionais.

O GUPC afirma que não pode continuar o trabalho sem que esses recursos sejam injetados. Já a companhia de seguros não parece disposta a desembolsar os US$ 600 milhões dólares de fiança. Além da Impregilo e da Sacyr, o consórcio GUPC é formado pela belga Jan de Nul e a panamenha Constructora Urbana (CUSA).



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