A Marinha informou que foi concluída, no último domingo (15), a drenagem de água salgada existente no porão 4 do navio MV Stellar Banner, encalhado a 100 quilômetros da costa de São Luís (MA) desde o último dia 26 de fevereiro. Inicialmente, a transferência de óleo entre o ALP Defender e o navio de minério ocorreria no sábado (14), mas foi postergada devido à forte correnteza e movimentação relativa entre os navios. A empresa Ardent Global comunicou que não houve variação no volume de água nos porões de carga. Segundo a autoridade marítima, o navio permanece encalhado, com inclinação de 24,5° para boreste (direita). Todas as embarcações envolvidas na operação receberam mensagens e instruções sobre o novo coronavírus (Covid-19).
O monitoramento tem sido realizado por meio de aeronaves e embarcações de apoio nas proximidades do navio, sem identificação de vestígios de óleo no local. A Vale mantém levantamentos batimétricos no ponto 4 da área da dragagem, a fim de avaliar a capacidade de recebimento da carga de minério no local do incidente. No boletim de ontem (15), havia previsão de embarque de dois novos drones no OSRV Água Marinha para auxiliar o monitoramento na área. No sábado (14), o navio de apoio oceânico Iguatemi realizou apoio logístico ao Stellar Banner. A embarcação segue no local a fim de realizar sondagens e coleta de amostras de água, monitoramento de poluição hídrica e controle do trânsito de embarcações.
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A Marinha empregou o 255 militares e disponibilizou o navio de apoio oceânico Iguatemi, o navio hidroceanográfico Garnier Sampaio, um helicóptero UH-15 e quatro embarcações da capitania dos portos do Maranhão (CPMA), que têm a cooperação de um helicóptero S-76 operado pela Vale e de uma aeronave Poseidon do Ibama. Também atuam no local do encalhe: nove rebocadores: quatro embarcações de suporte às atividades de contingência de derramamento de óleo (OSRV), quatro PSV (transporte de suprimentos) e um OSV, além de um drone com câmera térmica. A 18ª reunião de coordenação na CPMA, realizada no sábado (14), contou com representantes da Vale, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), gerência ambiental do Porto do Itaqui, secretaria estadual do meio ambiente e agentes marítimos.