Um estudo publicado nesta terça-feira (9) na revista Environmental Research: Infrastructure and Sustainability aponta a amônia verde como combustível apto a atender às demandas de mais de 60% do transporte marítimo global.
As análises foram conduzidas por pesquisadores da Universidade de Oxford, levando em conta os custos de produção da amônia, que são semelhantes aos combustíveis com muito baixo teor de enxofre, e concluíram que poderia ser uma opção viável para ajudar a descarbonizar o transporte marítimo até 2050.
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O estudo partiu do pressuposto de que serão necessários cerca de US$ 2 bilhões na transição para uma cadeia de abastecimento de amônia verde até 2050. A maior necessidade de investimento estaria na Austrália, para abastecer os mercados asiáticos. Seriam necessários também grandes clusters de produção no Chile para abastecer a América do Sul, na Califórnia para abastecer o oeste dos EUA, no noroeste da África para satisfazer a procura europeia, e no sul da Península Arábica para satisfazer a procura local e partes do sul da Ásia.
Depois de investigar a viabilidade de purificadores de gases de escape de navios a diesel, a amônia verde, produzida pela eletrólise da água com eletricidade renovável, foi proposta como uma fonte alternativa de combustível para descarbonizar rapidamente a indústria naval. No entanto, há grande incerteza sobre como e onde investir para criar a infraestrutura necessária para fornecer uma cadeia de abastecimento eficiente e viável.
Para orientar os investidores, a equipe da Universidade de Oxford desenvolveu uma estrutura de modelagem para criar cenários viáveis sobre como estabelecer uma cadeia global de abastecimento de combustível de amônia verde. A estrutura combina a procura pelo combustível, cenários comerciais futuros e um modelo de otimização para a produção, armazenamento e transporte.