Um amplo estudo realizado pela Universidade de Yale e encomendado pelo Seafarers Trust identificou níveis perigosamente altos de estresse mental entre os marítimos — mas também recomendou como eles podem ser reduzidos.
Depois de entrevistar marítimos em todo o mundo, os pesquisadores descobriram que nas duas semanas anteriores 25% deles sofreram depressão e 17% experimentaram ansiedade. Surpreendentemente, 20% haviam pensado em suicídio ou automutilação em vários ou todos esses dias.
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Pela primeira vez, o estudo também identificou uma ligação entre depressão, ansiedade e pensamentos suicidas e um provável aumento de lesões e doenças. Os fatores associados a esses estados mentais incluíram violência e bullying, falta de satisfação no trabalho e não se sentir valorizado.
Dave Heindel, presidente do Seafarers 'Trust, comentou: “Quanto mais falamos sobre saúde mental, mais reduzimos o estigma associado a ela. Este relatório realmente nos ajuda a entender os fatores que contribuem e fornece uma base para exigir algumas mudanças fundamentais na maneira como o setor de transporte opera.
O autor do relatório informou pessoalmente o Comitê de Marítimos da ITF sobre as conclusões do estudo, que sugere maneiras possíveis pelas quais entidades de treinamento, empresas, empregadores, clubes de P&I e sindicatos podem resolver os problemas.
Dentre as medidas recomendadas pelo estudo estão o reconhecimento da necessidade de intervenções para combater a violência no local de trabalho e o apoio à pesquisa para avaliação e intervenção, com disseminação de resultados para órgãos governamentais, registros, sindicatos e companhias de navegação.