No momento, o país dispõe de cinco submarinos: quatro de ataque convencional da classe Tupi, entre os quais o Tupi, único fabricado na Alemanha e adquirido em 1989, o Tamoio (1994), o Timbira (1996), o Tapajó (1999) e o maior e mais moderno Tikuna (2005), segundo os dados fornecidos à agência.
Os últimos quatro foram construídos no Arsenal de Marinha no Rio de Janeiro.
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Na fase da construção se encontram outros quatro submarinos convencionais, baseados na classe francesa Scorpène como parte do acordo de cooperação militar que foi firmado em 2009 pelo então presidente do país Luiz Inácio Lula da Silva com seu homólogo francês Nicolas Sarkozy.
O primeiro, batizado de Riachuelo, poderá estar pronto até o fim de 2018 e os outros três devem ser entregues antes de 2022, segundo informou a Marinha do Brasil.
Função específica
O Brasil, ao contrário do México, que não possui frota submarina, considera que este navio é "por excelência, o meio naval de melhor eficácia na negação do uso do mar ao inimigo, bem como um importante meio naval de dissuasão", diz o texto da Marinha entregue à Sputnik.
Este tipo de navios é empregue também em "operações secundárias" que exigem um sigilo que outros navios não têm.
O uso de submarinos é regulado por um período de seis anos de operações no mar e de rotinas de manutenção.
Com o fim deste prazo, o submarino passa por trabalhos de manutenção geral, ou seja, revisão e modernização, entre outros.
O Tupi, por exemplo, concluiu sua operação de manutenção geral em 2016. Atualmente, por esta renovação passam os submarinos Tamoio e Tikuna. Os próximos serão o Timbira e o Tapajó.
O mínimo necessário
Todos os submarinos que estão prontos para operar já cumpriram o índice de disponibilidade anual previsto.
A intenção é poupar na estrutura da embarcação, cujas baterias se desgastam com a utilização, assim como em combustível e em todo o aparato de apoio de que precisa cada submarino quando sai para navegar.
Treinamento
Para que um militar se torne submarinista é necessário um extenso período de adaptação.
A bordo dos submarinos se realizam diariamente treinamentos de combate a avarias, tanto no mar como em porto. No período operativo do submarino, a tripulação passa por várias etapas de treinamento que permitem avaliar sua prontidão para combater avarias, incêndios, inundações e gases tóxicos, entre outros.
O submarino apenas estará pronto para navegar se a comissão avaliadora considerar que a tripulação pode superar os vários tipos de avarias.
Operação de busca
As fontes da Marinha brasileira se recusaram a comentar o incidente com o submarino argentino ARA San Juan, desaparecido em 15 de novembro no sul do Atlântico.
"Podemos mencionar que há recursos de salvamento existentes no interior dos submarinos, além da Marinha do Brasil possuir o navio de socorro submarino Felinto Perry, que tem capacidade para resgatar tripulações de submarinos sinistrados até 300 metros de profundidade", conforme a informação entregue pela Marinha.
Especialistas de resgate de submarinos se encontram anualmente para discutir o tema e desenvolver novas técnicas sob direção da agência especial da OTAN para operações de evacuação e resgate submarino (ISMERLO, na sigla em inglês), segundo informa a Marinha brasileira.
Fonte: sputniknews