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Hidrovias do Brasil compra empresas de navegação do grupo Imperial

A Hidrovias do Brasil fechou um acordo para a compra das empresas de navegação Imperial South America e Imperial Shipping Paraguay e de outros ativos do mesmo grupo pelo valor de até US$ 90 milhões.
O objetivo, segundo a Hidrovias do Brasil, é fortalecer sua posição na hidrovia Paraná - Paraguai, que faz parte de um corredor logístico da região sul, no qual ela já atua com operações de transporte de grãos, celulose e minério de ferro. A transação também será importante por aumentar a diversificação de produtos e moedas, conforme a companhia.

A transação foi avaliada em US$ 85 milhões, com o eventual acréscimo de US$ 5 milhões, a ser pago ao longo dos próximos quatro anos dependendo do atingimento de determinadas métricas operacionais.
Na lista de outros ativos estão sete empurradores troncais e 84 barcaças com tampas, além de uma participação de 50% no Porto Baden, situado no Paraguai – uma joint venture com o grupo local CIE. Após a conclusão da operação, a Hidrovias do Brasil vai assumir a carteira de clientes da empresas compradas, assim como 150 funcionários.


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A operação será complementar ao portfólio atual do grupo, afirmou o presidente, Fabio Schettino.

“Essa aquisição permitirá que a Hidrovias do Brasil tenha mais capilaridade na hidrovia Paraguai-Paraná. A operação da Imperial nos chamou a atenção porque é muito complementar à nossa. Nossos empurradores são muito grandes e não chegam a algumas regiões. Agora, passamos a incorporar ativos mais leves, de calado menor, que nos permitirão acessar áreas do alto Paraná”, diz o executivo.

A operação da Imperial também é focada em setores nos quais a Hidrovias já atua na região: minério de ferro e grãos.

A operação da Imperial na América do Sul não possui dívidas e registrou lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) de US$ 15,9 milhões em 2018, de US$ 15,4 milhões em 2019 e de US$ 9,4 milhões em 2020, considerando o ano fiscal de julho a junho de cada ano. A expectativa da Hidrovias, segundo o executivo, é ampliar essa geração de caixa a partir dos ativos adquiridos.

Mesmo com a operação, a Hidrovias do Brasil continuará analisando novas aquisições, tanto na Hidrovia Paraguai-Paraná quanto em outras regiões, afirma Schettino.

A consolidação no Corredor Sul é um dos eixos de crescimento da companhia, que fez sua oferta inicial pública de ações (IPO) em setembro do ano passado.

A compra dos ativos será feita apenas com recursos próprios. “Não nos alavancamos para a aquisição. Pagamos à vista e continuamos com posição de caixa robusta”, disse o presidente.

Fonte: Valor






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