A Maersk registrou crescimento em todos os seus setores de negócios no terceiro trimestre de 2024, com resultados financeiros superiores aos do ano passado. O principal impulsionador foi o transporte marítimo, com contribuições adicionais dos segmentos de Logística e Serviços e Terminais. Devido ao trimestre marcado por uma alta demanda no mercado de contêineres e pela situação estável no Mar Vermelho, a Maersk revisou sua previsão financeira para o ano, aumentando a projeção de EBIT de US$ 3,0-5,0 bilhões para uma faixa entre US$ 5,2 e 5,7 bilhões.
O CEO da Maersk, Vincent Clerc, destacou o foco da empresa em operações eficientes e disciplina de custos em um ambiente volátil. O segmento de logística e serviços apresentou crescimento nas margens, com a aquisição de novos clientes, e o de terminais aumentou sua eficiência com volumes elevados. Clerc disse que a equipe de transporte marítimo adaptou-se às interrupções da rede, utilizando terminais centrais e investindo em capacidade e equipamentos para minimizar os impactos na cadeia de suprimentos.
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No transporte marítimo, o aumento de tarifas de frete e o crescimento de volume resultaram em um aumento de 41% na receita, com EBIT de US$ 2,9 bilhões e margem de 25,5%. O desvio da rota para o sul do Cabo da Boa Esperança foi um fator relevante nos custos de combustível e operacionais, compensado por ganhos de eficiência operacional.
O segmento de logística e serviços teve um aumento de 11% na receita em relação ao ano anterior e de 7,2% na comparação trimestral. O EBIT foi de US$ 200 milhões, com margem de 5,1%, impulsionado pela expansão em logística principal e frete aéreo. O segmento de terminais registrou crescimento na América do Norte, com a receita de movimentação impulsionada por maiores volumes, melhores tarifas e mix de produtos. O EBITDA foi de US$ 424 milhões, com uma rentabilidade de capital investido de 13% nos últimos 12 meses.
Com base nos resultados do terceiro trimestre, a Maersk atualizou suas projeções financeiras para 2024. A empresa projeta agora que o comércio global de contêineres crescerá em torno de 6% no ano, acima da projeção anterior de 4-6%. O Capex para o ano permanece inalterado.