A transportadora dinamarquesa Maersk registrou lucro líquido de US$ 6,78 bilhões no primeiro trimestre, quase 2,5 vezes a mais do que há um ano atrás, sustentada pela alta nos preços do frete marítimo. As receitas entre janeiro e março somaram US$ 19,2 bilhões, número 55% maior do que há um ano.
A companhia diz que a persistência da pandemia na China pode piorar o congestionamento nas cadeias globais de logística, agravando o cenário já ruim trazido pelo conflito na Ucrânia.
De acordo com a empresa, que transporta 17% dos contêineres movimentados pelo mundo, a situação na China afeta o transporte via caminhões e pode aumentar ainda mais os fretes com o fechamento de armazéns e restrição de movimento em portos.
“Enquanto o impacto no primeiro trimestre é limitado, pode piorar se o cenário nos próximos períodos se deteriorar”, diz a companhia. Em entrevista ao canal de notícias CNBC, o diretor-presidente, Soren Skou, afirmou que a empresa perde volume com a congestão de portos na China.
A Maersk também afirmou que o impacto da saída das operações na Rússia durante o primeiro trimestre foi de US$ 718 milhões no resultado operacional (Ebit). A empresa está no processo de sair do país e vai vender sua participação de 31% na Global Port Investments, empresa em que opera seis terminais na Rússia e dois na Finlândia.
A companhia também vai vender dois armazéns na Rússia, um frigorífico em São Petersburgo e um terminal de terra em Novorossiysk, enquanto a sua subsidiária Svitzer vai vender as operações na Ilha Sacalina.
A Maersk confirmou suas metas para o ano, com projeção de Ebitda de US$ 30 bilhões, Ebit em US$ 24 bilhões e fluxo de caixa livre acima de US$ 19 bilhões. A companhia espera normalização do frete no segundo semestre e demanda entre queda de 1% e crescimento de 1% no ano.
Fonte: Valor
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