Do Rio - A Marinha do Brasil começou a fazer os pagamentos do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub). Uma entrada, no montante de R$ 1,5 bilhão, foi paga à DCNS, empresa francesa que tem controle estatal, e à Odebrecht. A DCNS tem contratos com a Marinha para construir os submarinos, os quais também envolvem a Odebrecht. A construtora é a responsável pela obra do estaleiro e da base naval dos submarinos. As instalações serão construídas em Itaguaí (RJ). A DCNS vai transferir tecnologia no projeto.
O almirante José Alberto Fragelli, coordenador do Prosub, disse que o investimento no estaleiro e na base naval é estimado em cerca de € 1,7 bilhão, montante que será financiado com recursos do Tesouro Nacional. O dinheiro vai entrar anualmente no orçamento da Marinha e será pago mediante apresentação de faturas de serviços prestados a preços de mercado. Uma preocupação da Marinha é o contingenciamento de recursos do orçamento pela União, o que pode afetar o programa.
Na parte de responsabilidade da França, o Prosub conta com financiamento de cerca de € 5 bilhões acertado com um sindicato de bancos liderado pelo francês BNP Paribas, disse Fragelli. Os quatro submarinos convencionais incluídos no programa serão entregues de forma gradativa.
A frota atual de submarinos da Marinha, de cinco unidades, continuará a operar. Fragelli disse que a ideia é fazer mudanças nos submarinos convencionais Scorpène a serem comprados da França. "Temos experiência de construção no arsenal da Marinha [no Rio] e estamos introduzindo modificações nesses submarinos, que serão maiores e mais compridos."
Ele acrescentou que na parte de propulsão do submarino nuclear a França não pode transferir tecnologia. "Nenhum país transfere nada nesse campo." (Fonte: Valor Econômico/FG)
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