Os investimentos no novo plano de reaparelhamento proposto pela Marinha podem superar os 70 bilhões de euros, segundo projeção feita pelo diretor de engenharia naval da Marinha, Francisco Deiana. "São entre 70 e 80 bilhões, mas para um prazo de 20 anos", afirmou.
Em evento no Rio para executivos do setor naval, o militar detalhou a carteira de encomendas do programa que prevê a construção de diversos tipos de embarcações, sempre a partir da parceria entre uma empresa detentora de tecnologia e um estaleiro brasileiro.
Dois primeiros lotes de pequenas embarcações de patrulha já foram licitadas. Ainda este ano, a Marinha pretende contratar um terceiro lote, de navios-patrulha de grande porte, com custo estimado em R$ 230 milhões cada.
O processo é semelhante ao promovido pela Aeronáutica na compra dos caças. A Marinha analisará as propostas de cada interessado e enviará um parecer para a Presidência, que tem a palavra final.
Se colocado em prática, o plano de encomendas também deve ter grande disputa, pela dimensão das contratações. Apenas no pacote de navios-patrulha de grande porte são 12 embarcações. Há ainda um grande pacote de 18 navios-escolta, com canhões e capacidade para transportar helicópteros, com custo estimado em 500 milhões de euros cada. A Marinha vai contratar ainda lotes menores, de 4 navios-patrulha fluviais e cinco navios de apoio logístico.
De todas as compras previstas no programa, a Marinha já encomendou dois lotes de navios-patrulha de pequeno porte, um deles junto ao Estaleiro Inace, no Ceará, e outro do Estaleiro Ilha, no Rio. O custo estimado de cada unidade é de R$ 80 milhões. Além disso, a Marinha fechou um contrato com a francesa DCNS e a Odebrecht para a construção de submarinos nucleares em estaleiro que será construído em Itaguaí, região metropolitana do Rio.
Fonte: O Estado de S.Paulo/AE - Agência Estado
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