A Marinha do Brasil publicou quatro novas cartas náuticas atualizadas para a região dos Estreitos, no arquipélago do Marajó, no Pará. Desenvolvido pelo Centro de Hidrografia e Navegação do Norte (CHN-4), o material traz informações fundamentais à segurança da navegação, como profundidades, obstáculos submersos, boias, faróis e outros auxílios náuticos. As cartas integram o 3º Plano Cartográfico Náutico Brasileiro e marcam a inclusão da primeira Carta de Navegação Eletrônica do arquipélago, avanço importante para a modernização da hidrografia na Amazônia.
Segundo o capitão de fragata Anselmo Vinicius de Souza, diretor do CHN-4, a dinâmica natural da região exige atualização constante das informações, dado o deslocamento das margens e alterações das feições subaquáticas. O arquipélago do Marajó, com área de 104.139,93 km² e população estimada em 557 mil habitantes, é estratégico para o transporte fluvial de cargas e passageiros no Arco Norte, especialmente entre os rios Pará e Amazonas. A previsão é de que outras sete cartas náuticas sejam lançadas, ampliando ainda mais a segurança da navegação.
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O levantamento hidrográfico, que embasa a elaboração das cartas, envolve a coleta de dados batimétricos, geológicos e oceanográficos, por meio de equipamentos como ecobatímetros, que usam ondas acústicas para medir profundidade. As cartas náuticas, por sua vez, são representações gráficas da superfície terrestre com informações que auxiliam a navegação segura, permitindo que embarcações calculem precisamente a folga abaixo da quilha.
A atuação da Marinha no Marajó vai além do mapeamento. A força realiza operações cívico-sociais como a “Chance Para Todos” e a ACiSo, com milhares de atendimentos médicos, odontológicos e laboratoriais prestados à população em municípios como Soure, Curralinho e Breves. Além disso, a MB executa patrulhamento constante para coibir atividades ilícitas, como contrabando e transporte ilegal de madeira, seja de forma autônoma ou em ações conjuntas com a Polícia Federal. A autoridade marítima ressaltou que essas cartas também são fundamentais para operações ribeirinhas e atividades de busca e salvamento (SAR), garantindo apoio a embarcações em situações de emergência.
Com informações da Agência Marinha de Notícias