Parte das obras de melhoria da hidrovia Paraná-Tietê, estimadas em R$ 3,7 bilhões até 2014, deverá ser incluída na segunda versão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o PAC 2, a ser anunciada oficialmente na próxima segunda-feira, 29 de março.
A informação foi dada nesta quinta-feira (25) pelo diretor de Infraestrutura Aquaviária do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Herbert Drummond, em seminário sobre a hidrovia realizado em Brasília pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Estão incluídas, entre as obras previstas para a hidrovia, alargamento de vãos de pontes, dragagem, derrocagem (desobstrução do leito do rio), construção de terminais de cargas e de eclusas. O objetivo, ao aumentar a navegabilidade e a rapidez do transporte da hidrovia, é ampliar a capacidade de transporte da Paraná-Tietê das atuais cinco milhões de toneladas por ano para 30 milhões de toneladas. A hidrovia tem 2.400 quilômetros de vias navegáveis, de Goiás a São Paulo, atravessando cinco estados.
Drummond lembrou que embora sejam os meios de transporte de mercadorias de mais baixo custo, as hidrovias representam apenas 14% da matriz de transporte no país, formada por 62% de rodovias e 24% de ferrovias. O Plano Nacional de Logística de Transporte estabelece como meta elevar a participação das hidrovias na matriz de transporte para 29% em 2025.
A diretora de Relações Institucionais da CNI, Heloísa Menezes, que abriu o seminário, disse que o Brasil investe em infraestrutura apenas 2% do Produto Interno Bruto (PIB), contra 6% na China e no Chile e 4% na Índia. “A insuficiência da infraestrutura gera impactos importantes em toda a economia, ao aumentar custos, incertezas e reduzir a taxa de retorno dos investimentos produtivos”, enfatizou ela.
Fonte: Bem Paraná
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