A Mediterranean Shipping Company (MSC) é a última grande transportadora marítima de contêineres a anunciar que não usará o Ártico como um novo atalho entre o norte da Europa e a Ásia. Com esta recente decisão, a MSC junta-se assim às rivais alemãs e francesas Hapag-Lloyd e CMA CGM na rejeição da utilização da Rota do Mar do Norte, que se torna navegável devido ao flagelo climático global.
A companhia de navegação suíça comunicou que que, em vez disso, pretende concentrar-se em melhorar o desempenho ambiental nas suas rotas comerciais globais existentes. A Rota do Mar do Norte tem-se tornado cada vez mais apetecível para algumas companhias marítimas, uma vez que o trajeto permite, em teoria, menores "transit times" na conexão entre continentes, ainda que pelas piores razões.
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A Rota do Mar do Norte, que fica inteiramente nas águas do Ártico, já foi inclusivamente testada por outras companhias marítimas que planeiam tirar vantagem do derretimento do gelo devido ao aquecimento global — neste contexto, a MSC afirmou que não está disposta a correr o risco de prejudicar a qualidade do ar e pôr em risco a biodiversidade dos habitats marinhos do Ártico.
A transportadora acrescentou que está convencida de que os 21 milhões de contêineres que transporta anualmente podem muito bem ser movimentados ao redor do mundo sem passar por este corredor do Ártico.
A MSC salientou ainda que evitar a Rota do Mar do Norte é uma atitude complementar à abordagem estratégica mais ampla da empresa em relação à sustentabilidade ambiental. Recentemente, a transportadora marítima concluiu um programa para modernizar mais de 250 navios, equipando-os com as mais recentes tecnologias verdes, cortando cerca de dois milhões de toneladas de emissões de CO2 a cada ano.
Fonte: Revista Cargo / Portugal