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Navegabilidade para o Velho Chico

Produtores baianos apresentam projetos para ampliar transporte de cargas na Bacia do São Francisco - O governo baiano pretende incorporar à navegação do rio São Francisco cinco milhões de toneladas de grãos hoje transportadas por rodovias. De acordo com o secretário da Indústria Naval e Portuária da Bahia, Carlos Costa, a medida eliminaria a necessidade de 150 mil carretas/ano que levam principalmente farelo de soja, caroço de algodão e milho pelas estradas. Atualmente, o tráfego no trecho baiano da hidrovia é de 50 mil toneladas. As toneladas adicionais desses insumos a serem incorporadas teriam como destino fábricas do Nordeste.

Para ampliar a navegação na bacia do rio entre Ibotirama e Juazeiro, estudos identificaram a necessidade de dragagem em 21 pontos da via, sendo 11 críticos. A expectativa é de que as dragagens comecem até junho deste ano e que sejam transportadas pela via cargas ainda da safra de 2014. “A navegação pela hidrovia facilitará a chegada dos insumos e a saída da produção”, detalha Costa. No entanto, o melhor acesso à hidrovia depende da duplicação da rodovia BR-242, entre os municípios de Luís Eduardo Magalhães e Barreiras e de Barreiras até Ibotirama. A expectativa é que as dragagens comecem até junho deste ano e que sejam transportadas pela via cargas da safra de 2014. “A navegação facilitará a chegada dos insumos e a saída da produção”, detalha.

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Costa explica que, com a duplicação da rodovia, será possível transportar a carga pela estrada de Luís Eduardo Magalhães até Ibotirama e Juazeiro. Ele acrescenta que, inicialmente, a carga poderá escoar de Juazeiro por rodovias, até que a hidrovia seja integrada à malha ferroviária que está sendo construída na região e ser distribuída para todo o Nordeste. Entretanto, a ferrovia Transnordestina, um dos principais projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), não deve ser concluída antes de 2016.

Em fevereiro, representantes da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) e do governo baiano apresentaram projetos ao ministro dos Transportes, César Borges. Após reunião, o chefe da pasta autorizou a contratação da segunda draga para o trecho baiano da bacia. Costa diz que edital da licitação está em consulta pública e deve sair ainda no mês de abril. A dragagem, que está sendo organizada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), deve ser realizada entre junho e outubro.

Costa explica que a dragagem será feita com recursos do governo federal. Das 10 empresas interessadas, ele acredita que três a cinco devam disputar a execução do serviço. O secretário explica que é uma dragagem difícil, onde serão utilizadas duas dragas. A profundidade média necessária deve ficar em 2,20 metros. O secretário disse que a licença já permite a dragagem dos 21 pontos mais críticos e que uma batimetria já está em andamento.

A região hidrográfica do São Francisco abrange 521 municípios em seis estados: Bahia, Minas Gerais, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Goiás, além do Distrito Federal. Com 2,7 mil quilômetros, o rio São Francisco nasce na Serra da Canastra, em Minas Gerais, e escoa no sentido Sul-Norte pela Bahia e Pernambuco, quando altera seu curso para o Sudeste, chegando ao Oceano Atlântico na divisa entre Alagoas e Sergipe.

Devido à sua extensão e aos diferentes ambientes que percorre, a região está dividida em Alto, Médio, Submédio e Baixo São Francisco. Mais de 14,2 milhões de pessoas, o equivalente a 7,5% da população do país, habitavam essa região em 2010, sendo a maioria instalada na região metropolitana de Belo Horizonte.  Os dados são da Agência Nacional das Águas (ANA).



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