Debates do 'O20 Ocean Dialogues' , no Rio de Janeiro, destacaram necessidade de cooperação internacional, com ênfase nos avanços e desafios do setor marítimo diante da adoção de fontes de energia renováveis e do uso de combustíveis sustentáveis
A importância da navegação sustentável e competitiva foi o tema central do 'O20 Ocean Dialogues', realizado na última quinta-feira (8), no auditório do BNDES, no Rio de Janeiro. O evento reuniu autoridades e profissionais da indústria marítima e portuária para debater ações em prol de uma economia azul mais inclusiva e sustentável. Este é o primeiro grupo de engajamento, em caráter permanente, focado nos oceanos no âmbito do G20.
Os debates destacaram a necessidade de cooperação internacional, com ênfase nos avanços e desafios do setor marítimo. Um dos principais painéis abordou a adoção de fontes de energia renováveis e o uso de combustíveis sustentáveis, como biocombustíveis e hidrogênio verde.
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A advogada Camila Mendes Vianna Cardoso, sócia do Kincaid Mendes Vianna, que atuou como moderadora, enfatizou a urgência de adaptação para a sustentabilidade no setor marítimo, especialmente em um país com uma extensa costa como o Brasil. O Almirante Wilson Lima Filho, diretor da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), abordou a regulação de navios e portos verdes, destacando que, até 2030, esses devem estar aptos a reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE).
A descarbonização da frota mundial e os impactos dessa estratégia no Brasil também foram temas de discussão. Em 2023, a Organização Marítima Internacional (IMO) estabeleceu a meta de alcançar emissões líquidas zero na navegação até 2050. Atualmente, o setor marítimo atende a cerca de 90% das exportações brasileiras e é responsável por aproximadamente 3% das emissões globais de GEE.