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Preço do minério derruba resultado e Vale admite cortar produção em MG

Apesar dos esforços na redução de custos, a queda no preço do minério de ferro derrubou os resultados da Vale no primeiro trimestre do ano, conforme o mercado já previa. As difíceis condições de mercado, com preços menores e excesso de oferta, contribuíram para reduzir em quase 20% a receita da empresa, que encerrou o trimestre com prejuízo líquido de R$ 9,5 bilhões. O resultado foi influenciado pelo efeito contábil, na dívida em moeda estrangeira da companhia, da desvalorização do real frente ao dólar. O ambiente adverso para as commodities levou a Vale a admitir, pela primeira vez, que pode cortar até 30 milhões de toneladas de produção de minério de ferro em minas de mais alto custo em Minas Gerais.

No mesmo dia da divulgação do balanço da Vale, na última quinta-feira, a agência de classificação de risco Standard & Poor's rebaixou a nota de crédito da mineradora de BBB+ para BBB, com perspectiva negativa. Apesar da redução, a Vale mantém o grau de investimento na S&P. Segundo a agência, o rebaixamento reflete a forte pressão do efeito combinado da queda nos preços do minério de ferro e dos níveis de investimento consideráveis na alavancagem da empresa em 2015 e 2016.

"Embora continuemos esperando uma redução significativa na alavancagem em 2017 e anos subsequentes, atualmente assumimos uma queda nos preços do minério de ferro. Dessa forma, projetamos métricas de crédito mais fracas, o que nos levou a alterar a avaliação do perfil de risco financeiro da Vale de "intermediária" para "significativa", disse a S&P.

Antes de conhecida a decisão da S&P, o diretor-executivo de finanças da Vale, Luciano Siani, disse que existe um reconhecimento das agências de rating de que a empresa tem a "resiliência" para passar 2015 e 2016 e que, a partir de 2017, os fluxos de caixa e a desalavancagem da companhia vão acontecer "naturalmente".

Como resultado dos menores preços, inclusive nos metais (níquel e cobre), a Vale viu a receita líquida despencar 19,6% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, situando-se em R$ 18 bilhões. O lucro antes de juros impostos depreciação e amortização (Ebitda) somou R$ 4,6 bilhões, redução de 51,6% sobre janeiro-março de 2014. No primeiro trimestre de 2014, a empresa havia registrado lucro de R$ 5,9 bilhões. A redução de custos e despesas foi o fator positivo destacado pelo mercado nos resultados no primeiro trimestre.

O presidente da Vale, Murilo Ferreira, disse que o objetivo é privilegiar as minas mais competitivas, "otimizar" margens e melhorar a rentabilidade. "A Vale não está pensando em alterar a sua capacidade de produção", disse. A empresa tem plano de produzir 340 milhões de toneladas de minério de ferro em 2015 e chegar a 453 milhões de toneladas em 2018.

Peter Poppinga, diretor-executivo de ferrosos e estratégia da Vale, disse que a empresa vem acrescentando novas capacidades de produção no Pará e em Minas Gerais. Ao mesmo tempo, a empresa pode paralisar fluxos de produção em minas de custo mais alto.

Fonte: Valor Econômico/Francisco Góes e Rafael Rosas | Do Rio



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