A Secretaria Nacional de Hidrovias e Navegação, do Ministério de Portos e Aeroportos (SNHN/MPor), esclareceu em reunião com cientistas especializados no bioma Pantanal que o atual projeto de hidrovia do Rio Paraguai não prevê dragagem de aprofundamento no Tramo Norte, entre Cáceres (MT) e Corumbá (MS). O secretário da pasta, Dino Antunes, procurou tranquilizar pesquisadores e ambientalistas, afirmando que o trecho continuará sendo utilizado apenas por embarcações de pequeno e médio porte, evitando grandes impactos na planície alagada do Pantanal.
A reunião foi motivada por preocupações levantadas em uma carta aberta enviada ao governo em agosto, apontando os riscos ecológicos de uma dragagem mais intensa no Tramo Norte, uma área sensível do Pantanal que abriga biodiversidade valiosa em áreas protegidas. Antunes garantiu que o projeto no Tramo Sul, já navegável, exige apenas manutenção para evitar impactos ambientais.
PUBLICIDADE
Atualmente, a hidrovia do Rio Paraguai transporta cerca de 8 milhões de toneladas de carga por ano, principalmente minério de ferro e soja. O MPor estima que, se esse volume fosse transportado por rodovias, seria necessário o uso de 200 mil caminhões para cobrir a mesma distância.