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Sete meses após acidente, termina resgate de contêineres no Porto de Santos

Os trabalhos de retirada dos contêineres que caíram do navio Log-in Pantanal, em agosto do ano passado, foram concluídos pela armadora Log-In com a remoção de apenas 18 caixas metálicas. Agora, será iniciada a terceira etapa, que inclui a definição da multa que será aplicada à empresa, assim como as exigências que deverão ser cumpridas nos próximos anos. 

Dos 46 contêineres que caíram da embarcação, oito foram saqueados. O número de remoções foi revisto e inclui esses contentores. Para a agente ambiental federal Ana Angélica Alabarce, do posto local do Instituto Brasileiro de Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o número foi “frustrante”. 


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A maior parte dos contêineres foi resgatada pela armadora na região próxima ao local do acidente, na Barra de Santos. Mas alguns trabalhos também se concentraram na Baía de São Vicente, nas proximidades da Garganta do Diabo.

Segundo a agente ambiental, na próxima semana, em uma reunião, na Capital, será definida a punição à Log-In. No auto de infração, o Ibama se baseará na poluição ambiental causada pelo acidente. 

Além da multa, também serão definidas uma série de exigências. Entre elas, está o monitoramento dos contêineres que ficaram submersos ou da área onde eles podem estar. 

“Nós temos que pensar em vários fatores. Tem a dragagem, obras no mar, as mudanças climáticas e todos os efeitos que elas causam. Se um navio de 1800 ressurgiu na praia, por que um desses contêineres ou os seus produtos não poderão aparecer por aí e causar um problema ainda maior? Isso pode prejudicar a navegação ou colocar em risco a população”, destacou Ana Angélica. 

Segundo ela, as exigências serão definidas em parceria com a Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP). Por enquanto, o que se sabe é que serão necessários o monitoramento e o atendimento, que inclui a retirada e a remoção, de qualquer ocorrência relacionada aos contêineres submersos. 

Para a responsável pelo Ibama, a multa e as exigências que serão aplicadas à Log-In funcionarão como exemplo para outras armadoras e até para a comunidade marítima internacional. “É por este motivo que estamos tomando todos os cuidados antes de autuar a empresa e pedir as contrapartidas”.

No total, as operações de resgate dos contêineres aconteceram em duas etapas. Na primeira, foram usados cabos de aço, que não conseguiram remover as caixas metálicas. Depois, houve a contratação de técnicos norte-americanos, que trouxeram aparelhos mais modernos. 

Com esses aparelhos, eles mapearam o fundo do mar e delimitaram os pontos onde as buscas pelas caixas metálicas são concentradas. Mas, mesmo com todos esses esforços, 28 contêineres se perderam no fundo do mar. 

Acidente

Na madrugada de 11 de agosto, após concluir uma operação no cais santista, o Log-In Pantanal aguardava na Barra de Santos, a quatro quilômetros da costa, por uma nova janela de atracação. O navio retornaria ao complexo para outro carregamento. Mas a queda dos 46 contêineres atrasou seus planos.

Aparelhos de ar-condicionado, mochilas e pneus estavam entre as cargas armazenadas nos contêineres e apareceram flutuando na região. Alguns compartimentos se romperam e parte dos produtos se espalhou. A Log-In apontou “o forte mau tempo, com ondas de 3,5 a 4,5 metros de altura”, como a causa do acidente.

No entanto, o inquérito da Capitania dos Portos de São Paulo apontou que houve negligência por parte da tripulação. Agora, o caso será encaminhado ao Tribunal Marítimo, que deverá julgar a questão.

Fonte: Reuters

 






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