Os três blocos de exploração e produção de petróleo e gás na Bacia de Santos que serão ofertados pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) na 17ª Rodada de Concessões e que estão localizados na extensão da Zona Econômica Exclusiva (ZEE) brasileira podem ter recursos médios de 7 bilhões de barris de petróleo equivalente. A rodada será a primeira realizada depois do início da pandemia.
O volume corresponde a projeções de estimativa de óleo no local (“in place”) feitas pela agência a partir de dados sísmicos. As áreas ainda não tiveram perfurações para confirmar seu potencial. A estimativa foi divulgada no seminário técnico da rodada, realizado na tarde de ontem.
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“São blocos afastados e os volumes podem ser bastante relevantes. São oportunidades de classe mundial”, comentou o superintendente-adjunto da área de avaliação geológica e econômica da agência, Ronan Ávila, durante o seminário.
A área com o prospecto de maior volume a ser ofertada no leilão, segundo a ANP, é o bloco S-M-1617, que tem 3,22 bilhões de barris de óleo “in place” e pode ter descobertas além da ZEE.
Será o primeiro leilão em que a ANP vai oferecer áreas que podem conter jazidas de pré-sal além das 200 milhas náuticas, limite da plataforma continental do Brasil.
De acordo com o diretor da ANP Cesário Cecchi, o objetivo, ao ofertar áreas além do limite da Zona Econômica Exclusiva brasileira, é buscar a maximização da produção de petróleo e gás no país e acelerar o desenvolvimento da exploração e da produção no pré-sal.
Ao todo, a ANP vai ofertar 92 blocos com área total de 53,9 mil quilômetros quadrados nas bacias de Santos, Campos, Pelotas e Potiguar na 17ª rodada de concessões, marcada para ocorrer em 7 de outubro de 2021.
Inicialmente previsto para 2020, o leilão foi adiado devido à pandemia. Além da 17ª rodada, a ANP pretende realizar neste ano a segunda rodada dos volumes excedentes da cessão onerosa, em dezembro, em áreas de Atapu e Sépia, na Bacia de Santos.
Fonte: Valor