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Avanço da Ômicron afasta trabalhadores de canteiros de obras, plataformas de petróleo e agências bancárias

O avanço da variante Ômicron do novo coronavírus e da influenza começa a afetar setores econômicos intensivos em mão de obra, como a construção civil e o setor bancário.

Em alguns canteiros de obras já registram afastamento de até 30% dos funcionários pelas doenças, de acordo com balanço preliminar feito pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

Nas estimativas do presidente da CBIC, José Carlos Martins, as empresas do setor devem contabilizar cerca de 15% dos trabalhadores contaminados. Apesar do alto número, ele destaca que ainda não há efeitos significativos para o setor:

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— Neste momento, não justificaria remontar uma equipe, treinar, preparar e contratar, para logo em seguida (os funcionários afastados) retornarem. Não seria justo nem prático — explica o presidente da CBIC.

Petroleiros com sintomas desembarcam para testes
Entre os petroleiros, o avanço dos casos de Covid-19 saltou de sete para 15 confirmados nas plataformas em operação na costa, entre 29 de dezembro e 5 de janeiro.

O levantamento é da Federação Única dos Petroleiros (FUP), com base nos últimos dados obtidos junto à Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

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Acompanhamento da FUP junto a sindicatos associados até esta terça registrou 17 casos positivos de petroleiros que desembarcaram para fazer o isolamento, e 30 casos suspeitos, apenas em plataformas na Bacia de Campos, no Norte do Estado do Rio de Janeiro.

— As plataformas estão operando com redução de pessoal, e todos ali são essenciais para as atividades. Se colocamos um funcionário em isolamento, sem reposição, o trabalho como um todo fica prejudicado e pode até parar a plataforma — afirma Tadeu Porto, diretor da FUP.

Agências bancárias sem pessoal suficiente para funcionar
Agências bancárias também tiveram que ser fechadas por surtos de Covid-19 entre os bancários.

Levantamento do Sindicato dos Bancários de São Paulo, que contempla São Paulo, Osasco e outras 18 cidades da Região Metropolitana, mostra que, desde a última sexta, 150 agências foram fechadas por falta de pessoal suficiente, devido a casos confirmados entre os funcionários.

Em Santa Catarina, o fechamento de agências afeta 9 municípios e segmento de bancários enfrenta o maior número de contaminados desde o começo da pandemia. Na avaliação inicial, feita por Armando Machado, presidente da Federação dos Bancários de Santa Catarina, agências estão com cerca de 20% a 25% afastados por Covid-19.

— Todas que fecharam são agências com grande movimento. Mas em nenhum momento desde o começo da Covid-19 vimos essa quantidade de contaminações. As infecções da semana passada para cá cresceram em nível astronômico — conta Machado.

Esse também foi o caso da agência do Bradesco em Rocha Miranda, na Zona Norte do Rio, em que clientes foram surpreendidos com as portas fechadas, conforme registrou a reportagem do GLOBO.

Segundo o banco, as atividades foram suspensas devido a casos de Covid-19 entre funcionários. No entanto, não informou quando deve voltar a operar.

Efeito em cascata segue nos aeroportos
Entre as companhias aéreas, o últimos dias têm sido de dificuldades em parte da operação. A Latam registrou o cancelamento de 44 voos domésticos e internacionais por causa da Covid-19 na quarta-feira.

Entre os dias 9 e 16 de janeiro, a companhia soma 183 cancelamentos, o que, segundo a Latam, representa 1% do total de voos programados para janeiro no Brasil.

A GOL Linhas Aéreas informou que, até o momento, não houve cancelamento de voos em decorrência da Covid-19.

Fonte: O Globo



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