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Com nova base em Macaé, Modec disputa mais contratos

Vencedora de três das últimas quatro licitações abertas pela Petrobras para aluguel de plataformas para o pré-sal, a Modec, controlada pela Mitsui, se prepara para uma nova ofensiva por negócios no Brasil. O gerente comercial da empresa, Felipe Baldissera, conta que a companhia está na disputa por mais três contratos com a estatal brasileira e que, de olho nas perspectivas de expansão, no país, a fornecedora japonesa abriu recentemente, em Macaé (RJ), uma nova base de operações no Brasil.

Baldissera afirma que o Brasil é "central" dentro do plano de negócios da japonesa, cujas receitas globais somam cerca de US$ 2 bilhões. Segundo ele, a nova base de Macaé tem como objetivo melhorar as operações da companhia na Bacia de Campos e preparar a empresa para as demandas futuras.

Hoje, o Brasil concentra 60% da frota de plataformas em operação pela Modec no mundo. Ao todo, a companhia possui 11 embarcações em operação no país. Além disso, a empresa possui outras três unidades em fase de construção, com contratos assegurados com a Petrobras, para os projetos de Sépia, Búzios 5 e Mero, todos previstos para operar a partir de 2021 no pré-sal da Bacia de Santos.

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O gerente diz que as perspectivas de negócios são animadoras. A expectativa, segundo ele, é que o mercado brasileiro demande entre 20 e 30 novas plataformas nos próximos cinco anos.

"O Brasil é o centro da indústria de FPSOs [plataformas flutuantes] no mundo, sendo responsável por 30% a 40% da demanda global. O Brasil, para a Modec, é o presente, o passado recente e o maior mercado de perspectiva para o futuro. É muito central para nós", afirma.

Segundo Baldissera, o otimismo com o crescimento do mercado brasileiro já se reflete na captação de recursos no mercado. E cita que a Modec concluiu este mês uma operação de "project bond" para refinanciar o FPSO Cidade de Mangaratiba (MV24), que opera no campo de Tartaruga Verde, na Bacia de Campos, para a Petrobras. A emissão de bônus, no valor de US$ 1,1 bilhão, superou em mais de duas vezes o valor planejado.

Baldissera afirma que a operação, coordenada pelo Citigroup e fechada a uma taxa de juros de 6.748% ao ano, foi a primeira do tipo realizada pela empresa. O gerente explica que a ideia da japonesa é continuar a financiar seus novos projetos por meio do modelo tradicional de "project finance", mas que o sucesso da emissão de bônus abre uma nova alternativa de refinanciamento para suas plataformas, num momento em que a empresa se prepara para investir bilhões de dólares na expansão de sua atuação no Brasil.

O gerente conta que a Modec está na disputa pelo contrato de afretamento da plataforma do projeto de revitalização do campo de Marlim, na Bacia de Campos, e que a empresa também já trabalha nas propostas para as licitações recém-abertas para contratação dos FPSOs de Mero 3 e Itapu, no pré-sal de Santos.

Questionado se a companhia pretende focar apenas em FPSOs de maior complexidade do pré-sal ou se também concorrerá por contratos de menor porte, Baldissera disse que a Modec tem o "conforto e preferência" por projetos do tipo do pré-sal, mas que a empresa "olha todas as oportunidades".

Depois de alguns anos sem a concorrência da SBM Offshore, a expectativa é que a Modec volte a enfrentar a holandesa nas licitações para o pré-sal. A SBM ficou impedida de contratar com a Petrobras entre 2014 e 2018, devido ao envolvimento num esquema de corrupção no Brasil, mas voltou ao jogo e fechou, este ano, seu primeiro contrato para aluguel de uma plataforma para a estatal brasileira depois de seis anos. Baldissera, contudo, vê a concorrência com naturalidade.

"Uma competição justa e saudável no mercado é completamente inerente. Não existe mercado sem competição", comenta.

As novas plataformas da Modec estão sendo construídas, em sua maior parte, na Ásia. Mesmo com a flexibilização da política de conteúdo local, nos últimos anos, contudo, a empresa pretende contratar parte dos serviços e equipamentos no Brasil.

Questionado se haverá encomenda de serviços aos estaleiros brasileiros, Baldissera disse que a companhia contratará alguns dos serviços de construção e integração de módulos no país. "Mas às vezes há uma simplificação do assunto, com foco muito grande na questão de integração de módulos. Nós contratamos serviços e equipamentos para várias partes da unidade. Motores, válvulas... [O conteúdo local] É muito mais amplo do que estaleiro e conversão de módulos. Vamos fazer atividades no Brasil", disse.

Fonte: Valor



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