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Estatal mantém exportação em crescimento

A Petrobras acredita que o impacto da queda da demanda global por petróleo sobre o seu volume de produção será menor do que o inicialmente esperado. No começo de abril, frente às perspectivas negativas do mercado, a companhia anunciou um corte de 200 mil barris/dia e estabeleceu em 2,07 milhões de barris/dia a sua produção para o mês. A estatal informou ontem, no entanto, que optou pelo retorno gradual de sua operação para um patamar de 2,26 milhões de barris/dia.

A empresa convive com uma contração do mercado interno, mas, ao mesmo tempo, vem conseguindo manter as exportações em níveis elevados. Mesmo diante da crise econômica na China, sua principal parceira comercial, a Petrobras conseguiu aumentar em 19,1% as suas exportações de petróleo e derivados no primeiro trimestre, na comparação com o quarto trimestre de 2019. Os embarques totalizaram, na média, 1,031 milhão de barris diários entre janeiro e março, o que representa um salto de 56,2% frente a igual período do ano passado.

Em fevereiro, a companhia bateu recorde de exportação líquida de petróleo: 896 mil barris/dia. No trimestre, a média foi de 806 mil barris diários, o que representa uma alta de 24,6% em relação ao quarto trimestre e de 63,2% ante o primeiro trimestre do ano passado. Os embarques de óleo combustível também atingiram níveis históricos em fevereiro: 238 mil barris diários. No primeiro trimestre, foram vendidos para outros países, na média, 174 mil barris/dia do derivado, um crescimento de 11,5% ante o último trimestre de 2019 e de 50% na comparação com os três primeiros meses do ano passado.

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Segundo a Petrobras, a partir de abril, com a queda da demanda no mercado interno, a companhia tem direcionado seus esforços para o mercado externo e, para tanto, está adotando uma série de ações logísticas para expansão da capacidade de exportação. A petroleira destaca que tanto o óleo do pré-sal quanto o bunker (óleo combustível marítimo) produzido pela empresa, ambos com baixo teor de enxofre, têm se mantido valorizados no mercado internacional.

“Embora haja queda na demanda global, o diferencial competitivo dos nossos produtos, a retomada gradual da China, forte parceiro comercial, e a constante busca por novos mercados para nossos produtos, trazem a expectativa de que continuaremos tendo uma boa performance em nossas exportações”, esclarece a empresa, no relatório de produção e vendas do primeiro trimestre, divulgado ontem.

A empresa destaca que a “drástica contração da demanda global de petróleo” é estimada entre 25 milhões e 30 milhões de barris/dia no segundo trimestre.

As exportações de petróleo já equivalem a um terço da produção da companhia no Brasil, que no primeiro trimestre totalizou 2,320 milhões de barris diários - um volume 17,7% maior do que o registrado em igual período de 2019, mas que representa uma queda de 3,1% na comparação com os últimos três meses do ano passado. A produção de óleo e gás, por sua vez, totalizou 2,909 milhões de barris diários de óleo equivalente (BOE/dia) - alta de 14,6% em relação aos três primeiros meses de 2019 e uma queda de 3,8%, ante o quarto trimestre.

Em relatório sobre o desempenho da produção no primeiro trimestre, a companhia reafirmou a decisão de hibernar 62 plataformas em campos de águas rasas que estão à venda. Esses ativos representam uma redução na produção de 23 mil barris diários.

Como resultado da pandemia da covid-19, a empresa também optou por rever o cronograma de paradas para manutenção no segundo trimestre, de forma a manter o contingente mínimo necessário de pessoas embarcadas. O plano, agora, é realizar as paradas no segundo semestre, mantendo a previsão de impacto de 200 mil barris/dia na produção do ano.

Fonte: Valor



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