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Fundo dinamarquês exclui Petrobras e outras gigantes petroleiras de portfólio

O fundo de pensão dinamarquês MP Pension informou nesta terça-feira que vai vender sua participação em 10 das maiores empresas de petróleo do mundo, enquanto busca excluir importantes fontes de emissões de carbono de seu portfólio.

O MP Pension disse que venderia suas participações na ExxonMobil, BP, Chevron, PetroChina, Rosneft, Shell, Sinopec, Total, Petrobras e Equinor.


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No Brasil, a Petrobras está focando seus esforços em exploração e produção de petróleo e gás natural, enquanto coloca em prática um ambicioso programa de venda de ativos considerados não essenciais pela atual gestão.

"O desinvestimento ocorre porque a MP avalia que os modelos de negócios de longo prazo das empresas são incompatíveis com as metas climáticas estabelecidas no Acordo de Paris", afirmou o MP Pension em comunicado.

Quase 200 países concordaram em Paris em 2015 em limitar o aumento da temperatura média global para bem abaixo de 2 graus Celsius acima dos tempos pré-industriais. As políticas atuais colocam o mundo no caminho para um aumento de pelo menos 3°C até o final do século.

O desinvestimento totaliza 644 milhões de coroas dinamarquesas (96,24 milhões de dólares), informou a MP Pension em comunicado.

O MP Pension disse que sua decisão não se baseou apenas no desejo de contribuir para a transição verde, mas também na crença de que as empresas não podem oferecer um retorno no mesmo nível do mercado mais amplo nos próximos anos.

"A demanda por petróleo cairá à medida que a transição verde ganhar velocidade", disse o chefe de investimentos da MP Pension, Anders Schelde.

O MP Pension disse que quatro das empresas - BP, Shell, Total e Equinor - mostraram sinais de progresso, enquanto as seis restantes fizeram pouco progresso na mudança para uma energia mais verde.

Recentemente, o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, reafirmou que os investimentos da Petrobras na área de renováveis estarão voltados a pesquisa e desenvolvimento. Ele também questionou o nível de envolvimento das concorrentes petroleiras com iniciativas voltadas a energia limpa.

"Existe muito marketing e na realidade poucas ações de fato. Se formos ver as companhias europeias que focam em renováveis, a projeção de renováveis em suas receitas em 2030 é de 1% ou no máximo 1,5%. Na prática, não é tudo isso."

Fonte: Época Negócios






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