A Galp anunciou, na última terça-feira (22), que obteve lucro líquido ajustado de 373 milhões de euros no segundo trimestre de 2025, com aumento de 25% em relação ao mesmo período do ano anterior. O resultado, segundo a empresa, foi impulsionado pelo crescimento da produção de petróleo e gás natural no Brasil e pelo desempenho da área de trading nos mercados internacionais. O EBITDA ajustado a custo de reposição (RCA) — antes de juros, impostos, depreciação e amortização — foi de 840 milhões de euros, com leve queda em relação aos 849 milhões de euros registrados no segundo trimestre de 2024.
De acordo com a companhia, a melhoria dos resultados em todas as áreas de negócio compensou a queda nas cotações do petróleo, que impactaram o desempenho financeiro do segmento de Upstream, tradicionalmente seu principal motor de geração de caixa. No acumulado do primeiro semestre, o lucro líquido RCA recuou 9%, totalizando 565 milhões de euros, enquanto o EBITDA caiu 16%, para 1,5 bilhão de euros. Cerca de 80% desse resultado veio de mercados internacionais, com destaque para as operações de Upstream, atividades de trading e exportações a partir de Portugal.
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Os investimentos da Galp no segundo trimestre somaram 190 milhões de euros, dos quais aproximadamente 74 milhões de euros foram aplicados em Sines (Portugal), com foco na construção de um eletrolisador de 100 MW para produção de hidrogênio verde e de uma nova unidade de produção de biocombustíveis avançados (HVO/SAF), com início de operação previsto para 2026.
A modernização da rede de postos de serviço, a ampliação da infraestrutura de recarga para veículos elétricos e os projetos em fontes renováveis absorveram cerca de 30 milhões de euros. O principal destino dos investimentos no trimestre foi o Brasil, que recebeu 81 milhões de euros aplicados em projetos de Upstream. No acumulado do semestre, os investimentos totalizaram 484 milhões de euros.
A expectativa anunciada pela Galp é de fechar o ano com EBITDA superior a 2,7 bilhões de euros, principalmente devido ao início das entregas de gás natural liquefeito (GNL) pela norte-americana Venture Global LNG. A previsão anterior era de EBITDA de 2,5 bilhões de euros.
A geração de caixa operacional também deve subir e ultrapassar os 1,8 bilhões de euros, superando a previsão anterior de 1,6 bilhão de euros. Em termos operacionais, a expectativa é que a produção média de petróleo e gás fique entre 105 mil e 110 mil barris por dia, superando a estimativa anterior de 105 mil barris diários.
