A petroleira americana Exxon Mobil informou nesta sexta-feira que obteve no primeiro trimestre de 2019 lucro líquido de US$ 2,35 bilhões, o que representa queda de 49% ante o lucro de US$ 4,65 bilhões apurado um ano antes.
A receita, na mesma base de comparação, recuou 6,7%, para US$ 63,63 bilhões. Já a produção avançou 2%, na comparação anual, para 4 milhões de barris por dia. No período, houve queda no lucro de todas as divisões da Exxon.
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A unidade de exploração e produção apresentou recuo de quase 18% no resultado, afetado negativamente pela redução nos preços, pelo aumento das despesas e por baixas contábeis de US$ 115 milhões nos Estados Unidos e US$ 43 milhões em operações fora do país.
Tais fatores, segundo a Exxon, foram parcialmente compensados pelo crescimento do volume de produção.
A unidade de beneficiamento e comercialização registrou prejuízo de US$ 256 milhões, ante lucro de US$ 940 milhões no primeiro trimestre de 2018, com a queda das margens e mais paradas programadas para manutenção. Já a divisão química viu o lucro cair quase pela metade, para US$ 518 milhões, devido à queda nas margens e maiores despesas.
O primeiro trimestre de 2019 também representou lucro menor, em 27%, para a Chevron, para US$ 2,65 bilhões. A receita caiu 5% no período, perante um ano antes, para US$ 34,19 bilhões. No trimestre, a variação cambial teve um efeito negativo nos resultados de US$ 137 milhões.
O segmento de exploração e produção da petroleira americana registrou lucro de US$ 3,12 bilhões nos primeiros três meses de 2019, queda de 6,8% na comparação anual, mesmo com o aumento de 7% nos volumes, para 3,04 milhões de barris por dia. Na área de refino, a queda do lucro foi maior, de 65%.
A queda na área de exploração e produção foi puxada pelas operações da Chevron fora dos Estados Unidos. Segundo a companhia, os efeitos cambiais tiveram um efeito negativo de US$ 288 milhões nos primeiros meses de 2019, principalmente com a desvalorização da moeda venezuelana. Além disso, o preço médio de venda de petróleo bruto no exterior recuou no período ficando em US$ 58 por barril, abaixo dos US$ 61 um ano antes.
O recuo na unidade de refino foi atribuído pela Chevron à fatores como a redução das margens sobre as vendas de produtos refinados nos Estados Unidos e no mercado internacional, a queda no lucro da Chevron Philips Chemical Company — da qual tem 50% — e a variação cambial, que teve um efeito negativo de US$ 20 milhões.
Fonte: Valor