A Petrobras apresentou na quinta-feira (30) à Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) declarações de comercialidade em acumulações de petróleo localizadas na área da Bacia de Sergipe-Alagoas. A petroleira é operadora dos consórcios BM-SEAL-4 e BM-SEAL-11 e única detentora dos direitos das concessões BM-SEAL-4A e BM-SEAL-10.
“Estamos viabilizando uma nova fronteira de desenvolvimento de produção de óleo e gás. Para chegar aos reservatórios com óleo de excelente qualidade, temos que superar lâmina d’água acima de 2.400 metros, o que nos traz diversos desafios para a implantação do projeto, inclusive com a adoção de novas tecnologias”, explica o diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Fernando Borges, que ressalta os resultados já alcançados. “Na fase exploratória, atingimos o recorde nacional de profundidade d’água na perfuração de um poço, com 2.990m, equivalente à altura do Pico da Neblina, ponto mais alto do Brasil”.
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As áreas do BM-SEAL-4 e do BM-SEAL-4A foram adquiridas em 2000, na 2ª Rodada de Licitações sob Contrato de Concessão. Já as áreas do BM-SEAL-10 e do BM-SEAL-11 foram adquiridas em 2004, na 6ª Rodada de Licitações sob Contrato de Concessão.
Nas declarações encaminhadas ao órgão regulador, as denominações sugeridas para os novos campos foram: Budião, Budião Noroeste, Budião Sudeste, Palombeta, Cavala, Agulhinha e Agulhinha Oeste.
A Petrobras pretende desenvolver a produção dos campos em dois módulos, denominados de Sergipe Águas Profundas (SEAP) I e II, que preveem a instalação de duas plataformas do tipo FPSO.
A primeira plataforma, prevista para atender o módulo SEAP I, será a P-81, com início de produção em 2026, com capacidade de produzir 120 mil barris de óleo/condensado e escoar oito milhões de metros cúbicos de gás por dia. A segunda plataforma, prevista para atender o módulo SEAP II, está em fase de planejamento de contratação e tem seu início de produção previsto para após o horizonte do Plano Estratégico 2022-2026.
Os módulos SEAP I e II incluem a implantação de um novo sistema de escoamento de gás ligando os dois módulos de Produção à costa Sergipana, com capacidade de 18 milhões de metros cúbicos por dia, em fase de planejamento e com início de operação previsto após 2026.
A Petrobras é Operadora das Concessões BM-SEAL-4A e BM-SEAL-10 com 100% de participação, na Concessão BM-SEAL-11 com 60%, em parceria com a IBV Brasil Petróleo Ltda. (40%), e na Concessão BM-SEAL-4 com 75%, em parceria com a ONGC Campos Ltda. (25%).