O Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro ( Comperj ), em Itaboraí, poderá se tornar um pólo de geração de energia termelétrica utilizando como matéria-prima o gás natural que será produzido nos campos do pré-sal na Bacia de Santos . A informação foi dada nesta quarta-feira pelo presidente da Petrobras , Roberto Castello Branco , ao explicar que, nesse sentido, a empresa assinou um memorando de entendimentos com a petroleira Equinor para desenvolver os estudos de viabilidade do projeto.
Outro projeto que está em estudos para aproveitar as instalações já existentes no Comperj é construir uma fábrica de lubrificantes, que seria interligada com a Refinaria de Duque de Caxias (Reduc).
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O Comperj é um dos maiores símbolos do esquema de corrupção que existiu na Petrobras e que foi descoberto pela Operação Lava-Jato. No complexo, que inicialmente seria para fornecer matéria-prima para a indústria petroquímica e, depois, passou a se planejar a construção de uma refinaria.
Castello Branco afirmou que ainda não está definido detalhes do projeto da termelétrica, como a capacidade.
- A idéia é construir uma planta (unidade) , mas ainda está sendo definido. Seria uma boa forma de utilização do gás do pré-sal. Aquela área de Itaboraí pode renascer como um grande centro de energia térmica. As ideias dos dois projetos estão andando,mas ainda não foram aprovados pela diretoria - ressaltou Castello Branco.
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Atualmente, a Petrobras está construindo no Comperj a Unidade de Processamento de Gás (UPGN), que vai processar o gás natural do pré-sal,, além das redes de gasodutos. Nesses projetos, a estatal está investindo cerca de US$ 4 bilhões e empregando, neste ano, 7.500 pessoas nas obras .
Segundo o executivo, os estudos junto com a empresa chinesa CNPC mostraram que seria economicamente inviável a construção de uma refinaria, conforme chegou a ser cogitado para o Comperj. Já a construção de uma termelétrica é um negócio viável devido aos baixos custos previstos, incluindo os grandes volumes de gás natural que virão do pré-sal.
Fonte: O Globo