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Petrobras: Não defendo combustíveis fósseis, mas decisões racionais, diz Castello Branco

A Petrobras vai continuar a ser um fornecedor de energia a custos baixos, em meio à transição para uma economia de baixo carbono, mas não tem como prioridade investimentos em energias renováveis, de acordo com o presidente da estatal, Roberto Castello Branco.
“Nós não vamos investir em energias renováveis só porque os outros estão investindo. Nós não temos competência nessa área, somos humildes, não vamos sair comprando usinas eólicas offshore ou investindo em transmissão de energia e outras coisas mais. Nós vamos investir naquilo que sabemos fazer bem: produção de óleo e gás”, disse o executivo nesta quinta-feira, durante evento virtual promovido pelo Credit Suisse.

O presidente da companhia acrescentou que a empresa ainda vê um amplo campo para o petróleo e para o gás, em meio à transição energética. Os esforços da companhia nesta área, no momento, estão voltados para a redução de emissões de carbono e metano, principalmente no refino, acrescentou.
“O mundo do petróleo gera enorme valor para a economia global, para as sociedades. A maioria das coisas que fazemos no cotidiano seriam inviáveis, não fossem os combustíveis fósseis. Não defendo combustíveis fósseis, mas decisões racionais”, complementou Castello Branco.


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Avanço em exploração
A Petrobras vai perfurar 58 poços exploratórios até 2025, aumento de 50% em relação ao quinquênio de 2016 a 2020, de acordo com o presidente da petroleira.

Ele acrescentou que a estatal vai continuar a investir na Bacia de Santos (SP), assim como também apostará em iniciativas exploratórias na Margem Equatorial, região considerada de nova fronteira, devido ao baixo nível de atividades até agora.

Na área de refino, Castello Branco destacou as economias feitas com a aplicação de novas tecnologias, como a adoção de “digital twins” (gêmeos digitais), que gerou ganhos de US$ 200 milhões à petroleira em 2020.

Gás da Bolívia
A Petrobras fechou um contrato de fornecimento de gás interruptível de 5 milhões de metros cúbicos por dia com a estatal boliviana YPFB, devido ao aumento da demanda para geração termelétrica, de acordo com Castello Branco.

A continuidade do acordo, no entanto, dependerá das condições do sistema elétrico.

“Com a seca prolongada, a demanda por gás se elevou muito”, afirmou. Ele lembrou que a companhia reduziu, no ano passado, a compra do gás boliviano, o que abriu espaço para outros compradores. “A iniciativa privada não se apresentou para importar”, acrescentou.

Negociação sobre NTS na reta final
A Petrobras está em fase final de negociações para a venda dos 10% remanescentes que detém na Nova Transportadora Sudeste (NTS), assim como para a venda da Gaspetro, afirmou Castello Branco.

“Em relação ao gás, estamos bastante adiantados, mas em relação ao refino houve um atraso [na venda de ativos], em função da pandemia, que atrasou a finalização de processos de due diligence”, acrescentou o executivo.

No momento, a companhia está na fase final de negociação para os acordos de venda de cinco das oito refinarias incluídas em seu processo de desinvestimentos: a Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), Refinaria Isaac Sabbá (Reman), Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), Refinaria Lubrificantes e Derivados do Nordeste (Lubnor) e a Refinaria Landulpho Alves (Rlam).

Castello Branco acrescentou que a empresa já está discutindo as propostas entregues pela Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar, e que trabalha para lançar os anúncios para o recebimento e propostas vinculantes para a Refinaria Gabriel Passos (Regap) e para a Refinaria Abreu e Lima (Rnest).

Fatia em Búzios
O presidente da Petrobras sinalizou que a companhia não tem a intenção de reduzia a sua fatia de 90% no projeto dos excedentes da cessão onerosa do campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos.

Pelo contrário, o executivo disse que, se eventualmente os sócios chineses CNODC e CNOOC quiserem se desfazer do ativo, a estatal brasileira pode vir a aumentar a sua exposição no projeto.

“Acreditamos que nossa participação de 90% [em Búzios] está ok. Se os chineses quiserem vender, tudo bem, compramos e ficaremos felizes”, afirmou.

Segundo Castello Branco, Búzios será responsável pelo aumento da produção da Petrobras entre 2025 a 2030.

O acordo de coparticipação entre a Petrobras e os chineses, no projeto, está previsto para este ano.

Fonte: Valor






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