PetroRio estreia no pré-sal após compra de Wahoo e Itaipu, na Bacia de Campos

A PetroRio anunciou na manhã desta quinta-feira a compra da participação de da petroleira britânica BP nos blocos BM-C-32 e BM-C-30, onde foram feitas as descobertas no pré-sal de Wahoo e Itaipu, na Bacia de Campos. A transação terá uma parcela fixa de US$ 100 milhões, além de um pagamento de US$ 40 milhões contingente ao início da produção ou ao processo de unitização de Itaipu.
A estratégia da companhia será formar um cluster de produção com o campo de Frade, também na Bacia de Campos, comprado da Petrobras e da Chevron no ano passado. “Há ganhos enormes de sinergia. O custo de desenvolvimento de Wahoo é baixíssimo, pois usa a infraestrutura já é existente. Se o desenvolvimento fosse feito de forma independente talvez o custo de produção seria de US$ 10 a US$ 15 por barril, mas aqui estamos falando de algo muito mais baixo, na ordem de US$ 2 por barril”, disse o presidente da PetroRio, Roberto Monteiro, ao Valor.

A companhia assumirá a participação de 37,5% da BP no bloco BM-C-30 e 60% no BM-C-32. As parceiras atuais no projeto são a francesa Total e a indiana IBV, mas a PetroRio já negocia uma eventual compra da parcela da empresa asiática. “Temos todo o interesse em desenvolver as áreas junto aos parceiros, mas caso eles optem por não participar, a PetroRio continua tendo a oportunidade de seguir adiante”, ressaltou o executivo.

Wahoo está localizado a cerca de 35 quilômetros de Frade, em lâmina d’água de 1.400 metros, e tem potencial para produzir 140 milhões de barris de óleo leve, com 30º API . A área foi descoberta em 2008 e passou por um teste de formação em 2010. Já Itaipu foi descoberto em 2009. Estudos preliminares indicam que a acumulação é potencialmente compartilhada com a região sudeste do Parque das Baleias, operado pela Petrobras, o que indica potencial para um processo de unitização.

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“Estamos agregando reservas a baixo custo. O lema da PetroRio é o compartilhamento de infraestrutura”, afirmou Monteiro.
A companhia estima investimentos de US$ 800 milhões no desenvolvimento do projeto de Wahoo. A expectativa é que a área produza inicialmente 10 mil barris por dia (barris/dia) por poço. A interligação à Frade deve incluir quatro poços produtores e dois injetores, conectados a um manifold submarino com bombas multifásicas para o escoamento do óleo produzido e da água injetada. Parte da estratégia da PetroRio incluirá o uso do óleo de Wahoo na geração de energia do FPSO de Frade.

A PetroRio ainda não definiu a fonte de financiamento para o desenvolvimento, mas avalia a possibilidade de fechar acordos de pré-pagamento de exportação, project finance ou uma eventual emissão de bonds. Segundo Monteiro, a empresa também não descarta a possibilidade de um aumento de capital, mas segue com o objetivo de manter uma alavancagem próxima a 2,5.

“Estamos abertos, vamos analisar o mercado e ver o que faz mais sentido para a companhia. Não vamos fazer nada que aumente o grau de endividamento da companhia de uma forma que não seja sustentável ou saudável”, afirmou Monteiro.

Paralelamente, a PetroRio segue analisando outras oportunidades de desenvolver clusters de produção. A companhia avalia tanto a aquisição de novas áreas para aumento da produção dos ativos já existentes como o desenvolvimento de novos clusters em outras regiões. A empresa descarta, por enquanto, a aquisição de blocos exploratórios. “É um risco que ainda não gostamos. As majors conseguem fazer isso muito bem, essas empresas podem tomar este tipo de risco, mas nós não conseguimos competir com elas”, disse o executivo.

Fonte: Valor



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