Redução do consumo de diesel no polo é de cerca de 60 mil litros por dia, o suficiente para encher 120 mil garrafinhas de água mineral ou o tanque de 1.100 carros
A PetroRio, empresa independente de óleo e gás, acaba de concluir o projeto de melhoria no sistema de geração de energia do FPSO "Bravo", parte do polo Polvo & Tubarão Martelo, na Bacia de Campos. Esta é a primeira vez que a geração de energia elétrica necessária para a operação dos campos deixa de ser realizada utilizando diesel e passa a ser feita com gás natural produzido no polo. A modificação do módulo de tratamento e compressão de gás ocorreu sem necessidade de parada de produção. A iniciativa está em linha com os objetivos ambientais e econômicos da companhia, auxiliando na economicidade e extensão de vida útil dos campos, e só se tornou viável pela interligação, o tieback, concluído em julho de 2021.
PUBLICIDADE
“Com o tieback entre Polvo e Tubarão Martelo, a PetroRio consolidou a geração de energia elétrica dos dois campos em um único FPSO, o "Bravo". Juntos os campos chegavam a consumir cerca de 80 mil litros de diesel por dia. Com o aproveitamento do gás produzido no campo, que antes não era aproveitado, a expectativa é suprir 80% dessa demanda com grandes benefícios ambientais e financeiros”, comemora o diretor de Operações da empresa, Francilmar Fernandes.
A mudança tem um significativo ganho ambiental, com a redução da queima do gás no flare da unidade e do diesel que era usado nas plataformas, além da redução da logística envolvida na entrega desse combustível. Para ilustrar, a redução do consumo direto de diesel é de cerca de 60 mil litros por dia, ou seja, o suficiente para encher 120 mil garrafinhas de água mineral ou o tanque de 1.100 carros. Com a adequação, a PetroRio reduz a emissão mensal de CO2 (dióxido de carbono), ao equivalente a plantar 30 mil árvores, o que representa 25 campos de futebol de florestas ou, ainda, não utilizar 34 mil carros pelo período de 30 dias.
“O projeto de geração de energia com gás natural no FPSO "Bravo" tem um payback de 5 meses, com ele consideramos o Projeto Fênix concluído. Essa adequação era a última etapa do projeto de interligação dos campos de Polvo e TBMT que, desde a sua implementação já proporcionou aumento da confiabilidade, segurança e eficiência operacional, além de reduzir os custos operacionais, como resultado da simplificação das operações e sinergias aéreas, marítimas e terrestres”, completa Fernandes.
O projeto Fênix
Em julho de 2021, a PetroRio finalizou a primeira fase do projeto Fênix, com a interligação, ou tieback, entre os campos de Polvo e Tubarão Martelo (TBMT). Com o descomissionamento do FPSO "Frade" e, agora, com o aproveitamento do gás natural associado produzido para a geração de energia no cluster a empresa do FPSO "Polvo", a empresa conclui o projeto. Como resultado a companhia já reduziu o lifting cost a menos que US$ 12 por barril.
A redução dos custos do novo polo permite que mais óleo seja recuperado nos reservatórios, durante um período maior e impacta diretamente na redução significativa das emissões e do impacto ambiental das operações no polo produtor. A vida econômica de ambos os ativos foi estendida até 2037, representando uma extensão de mais de 15 anos e um incremento de 40 milhões de barris à reserva do Campo de Polvo. “Serão mais 15 anos gerando empregos e royalties para os estados e municípios envolvidos”, lembra Fernandes.