A PPSA estima arrecadar mais de R$ 500 bilhões com a comercialização de petróleo e gás da União em 19 contratos de partilha e nos acordos de individualização da produção de Mero, Atapu e Tupi entre 2025 e 2034. O estudo considera o cenário “Mais Provável”, com preço do barril a US$ 70 e taxa de câmbio de R$ 5,43, projetando uma arrecadação total superior a R$ 1 trilhão ao incluir royalties e tributos. Nesse período, a produção acumulada dos contratos deverá atingir 6,6 bilhões de barris de petróleo, com 1,4 bilhão de barris destinados à União. Para o gás natural, espera-se uma produção acumulada de 48,5 bilhões de m³, dos quais 7,7 bilhões de m³ serão da União.
A produção de petróleo da União alcançou 100 mil barris por dia (bpd) em outubro, posicionando-a como o quinto maior produtor nacional. Em 2030, o cenário Mais Provável projeta um pico de produção de 543 mil bpd, enquanto o cenário Otimista prevê até 583 mil bpd. Apesar do otimismo, os números são inferiores aos previstos no estudo anterior, que indicavam o pico de produção em 2029 com 564 mil bpd. O atraso decorre de adiamentos no início de produção de plataformas, na perfuração de poços e de aumentos de custos em projetos, impactando a recuperação de custos em óleo.
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O estudo também traçou cenários para o gás natural. Mesmo no panorama Pessimista, a produção deverá saltar de 255 mil m³/dia para 3,3 milhões de m³/dia em 2031, podendo chegar a 3,5 milhões de m³/dia no cenário Otimista. Parte desse gás será convertida em GLP e líquidos, não sendo considerada nas estimativas.
Os investimentos previstos nos contratos de partilha comerciais totalizam US$ 53 bilhões entre 2025 e 2029. O estudo incluiu ainda a análise de emissões de gases de efeito estufa (GEE), registrando uma intensidade média de carbono de 10,85 kgCO2e/boe, inferior à média global de 18 kgCO2e/boe, destacando a eficiência ambiental dos projetos da União.