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Prio dobra produção de petróleo no campo de Frade, na Bacia de Campos

A Prio (antiga PetroRio) iniciou a produção comercial do primeiro poço perfurado no campo de Frade com resultado acima do esperado pela petroleira, que promove um plano de revitalização do ativo, num momento em que as cotações internacionais do insumo encontram-se elevadas, favorecendo as receitas da companhia. Primeiro campo maduro da Prio em águas profundas, Frade tinha expectativa de produzir cerca de 6 mil barris por dia a mais, mas adicionou, em pouco mais de dois meses, 15 mil barris/dia à carteira da companhia.

Assim, com o poço denominado ODP4, a empresa passou a produzir 30 mil barris ao dia em Frade. Com isso, a Prio alcançou o total de 48.500 barris diários em todos os seus campos, contou o diretor de Operações, Francilmar Fernandes. “Isso abre uma avenida de oportunidades para a empresa”, disse o executivo.


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Na primeira fase da campanha de revitalização de Frade, a companhia abriu inicialmente três poços - um produtor e dois injetores (utilizados para injeção de fluidos, como água ou gás natural, para aumentar a recuperação do petróleo). A execução do projeto se deu em 68 dias, 22 dias a menos do que o inicialmente projetado, mesmo com a conexão submarina, com redução de 30% nos custos de investimentos. O ODP4 foi o segundo poço mais rápido a ser perfurado em Frade. “A estrutura [FPSO e tubulações] estava lá. Eu dobrei a produção sem adicionar um real de custo. É lucratividade na veia.”

Diante dos resultados, a Prio optou por iniciar agora a perfuração de um segundo poço produtor - que seria aberto somente na segunda fase da campanha, prevista para o fim de 2023 - o que deve adicionar mais 3.500 barris ao dia à produção. Com o início da operação comercial dos poços da primeira fase e a execução da segunda fase da campanha, a empresa enxerga um círculo virtuoso de investimentos.

A Prio estuda, inclusive, fazer prospecções no pré-sal em Frade - o campo está localizado no pós-sal, mas com potencial de produzir no pré-sal, uma vez que é vizinho a outros campos com exploração nessa camada geológica. “A gente estuda fazer, no futuro, avaliações de potenciais, temos esperança que tenha pré-sal”, disse Fernandes, destacando que Frade é vizinho aos campos de Roncador e Albacora, todos com produção no pré-sal.

Enquanto isso, a empresa vai aproveitar a janela de oportunidade aberta com a maior produção de petróleo. Com a cotação internacional acima dos US$ 100 por barril e alta demanda pelo produto causada pela Guerra na Ucrânia - que reduziu a oferta da commodity no mercado internacional - a Prio vê um momento muito favorável para ampliar a produção. O óleo extraído de Frade é negociado diretamente pela petroleira no mercado à vista, ofertado em “leilões às avessas”, sistema no qual a empresa recebe ofertas de compra de interessados, exportando para países como Estados Unidos, Chile e China.

Além do petróleo adicional, a Prio também elevou a produção de gás natural associado, o que reduziu custos da companhia. Isso porque, até então, a empresa precisava comprar o gás necessário para a injeção nos poços e geração de energia na FPSO, com gastos mensais de R$ 1 milhão, que deixaram de ser feitos. Agora, a empresa vende o excedente para a Petrobras, com quem a Prio possui um contrato de comercialização. “Isso foi um ganho adicional”, salientou Fernandes.

Frade pertencia a um consórcio composto por Chevron, Petrobras e Frade Japão Petróleo, esta última, uma subsidiária da japonesa Inpex. Em 2011, o campo protagonizou um vazamento de óleo que o deixou sem produzir até 2013. A Prio iniciou as negociações para a compra de Frade em 2018, concluindo-as em 2021.
Fonte: Valor






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