A Seagems, empresa brasileira especializada em soluções de engenharia submarina, concluiu o recolhimento de um duto flexível utilizado na cadeia de petróleo no Campo de Búzios, na Bacia de Santos. A operação, realizada de forma preventiva e a pedido da Petrobras, teve o objetivo de evitar eventuais impactos às unidades operadoras e ao ecossistema marinho, uma vez que as linhas nessa situação apresentam uma fragilização estrutural por influência de dióxido de carbono (CO2) em sua estrutura.
Anteriormente o duto estava abandonado em solo marinho após ser desmobilizado contingencialmente em uma operação de pull-out e abandono. A Seagems foi escolhida para recolher e desmobilizar três linhas nessa abrangência.
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A mais desafiadora delas foi a primeira, que tinha flutuadores acoplados. O nível elevado de CO2 fez com que o duto tivesse um limite de carga muito inferior ao que foi planejado em projeto, o que impossibilitou um recolhimento de maneira tradicional por risco de rompimento, mesmo com a compensação de peso feita com os flutuadores instalados. O peso da linha foi dividido e monitorado de acordo com os limites projetados já considerando as limitações das linhas.
A Seagems destaca a ampliação de seus serviços com a Petrobras, que identificou a atual necessidade devido à ocorrência do processo de corrosão conhecido como SCC-CO2 (Stress Corrosion Cracking por Gás Carbônico), que reduz a durabilidade do material (que vai de 20 a 25 anos) para somente cinco anos. “A Seagems, com seus PLSVs "Diamante" e "Topázio", fizeram o primeiro recolhimento de linha na abrangência SCC-CO2, em catenária dupla, aspecto desafiador que coloca em risco a integridade das linhas. Em 2025 temos a expectativa de recolhimento de 66 linhas nessa abrangência” disse Lucas Watanabe, Vessel Operations Manager (VOM) da Seagems.
As outras duas linhas envolvidas na atividade serão recolhidas nos próximos dias.