No Brasil, o destaque foi o contrato superior a US$ 750 milhões com a Petrobras para o avanço do projeto Mero 4
A Subsea7, empresa especializada em projetos e tecnologia offshore para o setor de energia, concluiu o terceiro trimestre do ano com receita de US$ 1,6 bilhão, o que representa um aumento de 12% no comparativo com igual período de 2022. O EBITDA ajustado global alcançou o valor de US$ 201 milhões, resultando em uma margem de Ebitda ajustada de 13%.
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A carteira de pedidos (backlog) global seguiu em expansão, com US$ 10,8 bilhões, dos quais prevê-se a execução de aproximadamente US$ 1,7 bilhão ainda no quarto trimestre de 2023, seguido por US$ 4,8 bilhões em 2024 e US$ 4,3 bilhões em 2025. A entrada de novos pedidos continuou favorável, com uma marca de US$ 2,1 bilhões, sendo US$ 1,4 bilhão em novos contratos e US$ 700 milhões em reajustamento de preços.
Segundo John Evans, CEO Global da Subsea7, os resultados apontam que a empresa está no caminho certo para alcançar todas as metas traçadas para este ano. “Durante o terceiro trimestre, registramos um sólido progresso operacional em projetos-chave na unidade de negócios Subsea e Convencional e em Renováveis, incluindo atividades iniciais na carteira de contratos de margens mais altas. À medida que esses contratos avançam, estamos confiantes de que as margens de EBITDA ajustado voltarão a uma faixa de 15 a 20% nos próximos anos, atingindo o patamar mais alto dessa faixa até o fim de 2025”, disse Evans.
De acordo com o executivo, a atividade de licitação permanece em níveis elevados nas áreas de energia eólica submarina e offshore, o que amplia a visibilidade para além de 2025 e respalda a expectativa de um ciclo sustentado até a última parte da década. “Pelo segundo trimestre consecutivo, a unidade de negócios de Energias Renováveis manteve margem de EBITDA ajustada de dois dígitos, fruto da estabilização operacional e da ênfase na obtenção de novos pedidos para reequilibrar riscos e retornos. Embora a indústria de energia eólica offshore continue em uma trajetória de crescimento não linear, acreditamos que a nossa abordagem estratégica sustentará esse elevado grau de desempenho”, prossegue Evans.
Em 2 de outubro, a joint venture OneSubsea, composta por Subsea7 (10%), SLB (70%) e Aker Solutions (20%), foi concluída. Simultaneamente, a Subsea Integration Alliance, a aliança estratégica global entre Subsea7 e OneSubsea, foi estendida até 2033. Ambas as iniciativas aproveitam os ativos, serviços e tecnologias líderes de mercado da Subsea7 para aumentar a eficiência dos projetos, viabilizando a exploração de reservas submarinas com emissões reduzidas de carbono.
Brasil
As operações de construção do sistema de coleta submarina do projeto Búzios 8, da Petrobras atingiu 12% em seu cronograma. Já as operações para a implantação de infraestrutura submarina em Mero 3&4, também operado pela Petrobras, apresentam 20% de evolução. Os trabalhos em Bacalhau, operado pela Equinor (40%), ExxonMobil (40%), Petrogal Brasil (20%) e Pré-Sal Petróleo S.A, estão 71% concluídos.
No fim de setembro, a Subsea7 anunciou a obtenção de um aditamento contratual significativo com a Petrobras para o avanço do projeto Mero 4, campo integrado ao empreendimento Mero 3, localizado a cerca de 200 quilômetros da costa do Rio de Janeiro, em uma profundidade de 2.200 metros na área do pré-sal na Bacia de Santos. O contrato, no valor superior a US$ 750 milhões, abrange engenharia, licitação, fabricação, instalação e pré-comissionamento de 76 quilômetros de dutos.
Envolve também o gerenciamento de projeto e de engenharia, que já foram iniciados nos escritórios da empresa em Paris e no Rio de Janeiro. A confirmação deste aditivo contratual, que foi registrado no backlog do terceiro trimestre de 2023, representa um marco importante para a empresa, sendo o quinto grande contrato EPCI da Subsea7 no Brasil. A fabricação dos dutos será realizada na spoolbase da empresa em Ubu, no Espírito Santo, e as operações offshore estão previstas para 2025 e 2026.
O projeto Mero 4, integrado ao empreendimento Mero 3 como uma única iniciativa, engloba um total de 12 poços de produção e 12 poços de injeção de Gás Água (WAG). Estabelecendo uma cadeia de suprimentos global, o projeto envolve colaborações entre Brasil, China, Reino Unido, Europa e Austrália.