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Sob controle da Santos Brasil, o terminal passa por uma série de investimentos e tenta se posicionar como um dos grandes polos de movimentação de contêineres do sul do país
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O Porto de Imbituba (SC), inaugurado em 1941, passa por uma fase de modernização, ampliação e investimentos. Desde 2008, o terminal de contêineres e cargas gerais é administrado pela Santos Brasil, que também opera o Tecon Santos (Santos) e o Tecon Vila do Conde (Pará). No Tecon Imbituba, a empresa detém 210 mil metros quadrados de área. O total previsto para investimentos é de cerca de R$ 440 milhões, num arrendamento que rege um contrato de 25 anos – renováveis por mais 25.
Hoje, o terminal opera com 410 metros de cais. Até novembro, data para conclusão das obras, contará com um total de 660 metros. “O que Imbituba traz de novo é a possibilidade de receber navios acima de 300 metros. É um navio que não entra em Itajaí, que tem limite de embarcação de 286 metros e com restrições de manobras”, salienta Rejane Scholles, gerente comercial da Santos Brasil. Ela destaca que os navios estão ficando maiores e isso requer uma concentração maior de carga em menos portos. Hoje, diz ela, nem todos os terminais estão preparados para essa tendência.
Em junho, chegaram a Imbituba dois portêineres (guindastes sobre trilhos que percorrem o costado do navio) provenientes do Porto de Shangai, China. Esses equipamentos são capazes de carregar dois contêineres de 20 pés ou um de 40 pés. Até então, esse tipo de operação era realizada por guindastes móveis, que são mais lentos. “Atualmente, a média é de 32 movimentos/hora. O novo equipamento nos leva a 45 movimentos/hora. Sobe muito a produtividade e esse é o maior diferencial que chega com a tecnologia”, explica Rejane. No total, o investimento nos portêineres foi de US$ 15 milhões.
Imbituba também está recebendo investimentos do governo federal. Para o segundo semestre, está prevista a dragagem do calado, que elevará a profundidade de 11 para 15 metros. “Participamos ativamente de todos os movimentos em busca de atenção do governo federal para o nosso Porto”, explica José Roberto Martins, prefeito da cidade de Imbituba. Essa obra de dragagem é vital para completar a nova fase do Tecon. “Isso dá para o armador (proprietário do navio) um pouco mais de flexibilidade. Ele pode programar rotas alternativas”, completa Rejane.
Presidente do Conselho de Autoridade Portuária, Gilberto Barreto destaca que a modernização do porto deverá gerar uma nova onde de empregos na região. Um único contêiner exige dezenas de documentos e processos de vistoria, seguro, despacho aduaneiro, transporte, etc. “Conforme dados do Banco Central, cada mil contêineres por ano gera 50 postos de trabalho do porto até a fábrica. O nosso terminal era de 300 mil contêineres. Agora, a Santos Brasil anunciou que quer elevar a capacidade do porto para 1milhão de contêineres/ano. Então estamos falando de 50 mil postos de trabalho”, enfatiza.
Os números animam o prefeito José Roberto Martins. “A economia já sente os primeiros impactos. Segundo o IBGE em 2002, quando nosso Porto permanecia adormecido, nosso PIB nominal não chegava a R$ 200 milhões. Já em 2008, o PIB ultrapassava os R$ 800 milhões É certo afirmar que a atividade portuária influencia decisivamente neste crescimento”.
Fonte: Angélica Colombo, de Imbituba (SC)