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ABTP divulga nota de repúdio à mudança dos critérios de indicação para estatais

Associação, que representa 72 empresas detentoras de mais de 230 instalações portuárias, destaca que lei vigente garante seleção de cargos diretivos pautada por critérios técnicos de profissionalismo, qualificação e transparência




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A Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP) publicou, nesta quinta-feira (15), uma nota de repúdio à alteração da Lei das Estatais, aprovada na Câmara dos Deputados. A nota destaca que a Lei serve para garantir que a seleção de cargos diretivos em empresas estatais será sempre pautada por critérios técnicos de profissionalismo, qualificação e transparência.

O projeto de lei 2.896/2022 tem como objetivo alterar os critérios de indicação para cargos diretivos em empresas estatais e agências reguladoras previstos no artigo 17 da Lei 13.303/16. A mudança aprovada prevê a redução, de 36 meses para 30 dias, do período de quarentena exigido para que pessoas que exerceram cargos políticos ocupem postos em estatais.

Em nota, a ABTP afirma que a Lei das Estatais fez parte da importante conquista para a governança pública e que seu fundamento principal é garantir que a sociedade seja beneficiada por serviços eficientes e de qualidade que promovam a redução das desigualdades e a melhoria do ambiente de negócios. A associação menciona, inclusive, que a Lei foi reconhecida internacionalmente, pela OCDE, por representar um passo decisivo para o avanço do processo de adesão do Brasil à Organização. "A normatização das melhores referências internacionais trouxe inegáveis benefícios econômicos a todo o setor produtivo".

Fundada em 1989, a ABTP representa 72 empresas detentoras de mais de 230 instalações portuárias, entre terminais arrendados e terminais privados (TUPs) dos portos organizados, distribuídos em 11 estados brasileiros.

Confira abaixo a nota na íntegra:

Nota de Repúdio - Alteração do art. 17 da Lei das Estatais
A Associação Brasileira dos Terminais Portuários – ABTP vem a público manifestar seu repúdio ao teor do Projeto de Lei nº 2.896/2022 pela Câmara dos Deputados, que busca alterar os critérios de indicação para cargos diretivos em empresas estatais e agência reguladoras previstos no art. 17 da Lei 13.303/16.

A ABTP é entidade civil sem fins lucrativo, com abrangência nacional, fundada em 1989, 33 anos de existência, que congrega, defende e representa, nos termos do Estatuto Social, 72 empresas detentoras de mais de 230 Instalações Portuárias, localizadas dentro (Terminais Arrendados) e fora (Terminais Privados – TUP) dos Portos Organizados, distribuídos em 11 estados brasileiros. A entidade representa o interesse da pluralidade de instalações portuárias brasileiras, abrangendo agentes econômicos responsáveis por mais e 90% da movimentação portuária nacional, que representa, em média, 14% do PIB Nacional. Desde a sua fundação, tem participado ativamente em todas as discussões que envolvem o setor.

A Lei das Estatais constituiu importante conquista para a governança pública, com o estabelecimento da garantia de que a seleção de cargos diretivos em empresas estatais será sempre pautada por critérios técnicos de profissionalismo, qualificação e transparência, princípios de boas práticas internacionais. Dessa forma, seu fundamento principal é garantir que a sociedade seja beneficiada por serviços eficientes e de qualidade que promovam a redução das desigualdades e a melhoria do ambiente de negócios.

As diretrizes de governança de empresas estatais da OCDE estão dentre as inspirações para a Lei das Estatais, representando passo decisivo para o avanço do processo de adesão do Brasil à Organização. A normatização das melhores referências internacionais trouxe inegáveis benefícios econômicos a todo o setor produtivo. É notável a melhoria dos indicadores de desempenho econômico e operacional das estatais brasileiras. Deve-se evitar com todo o empenho a adoção de reformas legislativas que resultem em retrocessos no longo processo de avanço incremental da governança de empresas estatais. Cuida-se de verdadeira agenda de Estado, que merece ter centralidade, sob pena de incorrermos na piora dos serviços oferecidos à população brasileira e por toda a cadeia produtiva nacional.

Assim, roga-se ao Senado Federal que se abstenha de encaminhar a aprovação final do Projeto de Lei. A ABTP confia que o Congresso Nacional saberá conduzir a discussão de forma responsável, sem prejudicar as regras vigentes que asseguram a seleção de profissionais por critérios técnicos.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS TERMINAIS PORTUÁRIOS






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