Renê Luzardo afirmou que alguns indícios como postes inclinados e rachaduras no piso do porto já indicavam para o rastejamento do solo, processo no qual o peso e a pressão prolongada podem provocar deslizamentos de terra
Desastre no porto poderia ser evitado, segundo CPRM. Foto: Jair Araújo Desastre no porto poderia ser evitado, segundo CPRM.
Manaus - O terreno do Porto Chibatão, na Colônia Oliveira Machado, zona sul, já apresentava indícios de estar em um processo de deslizamento lento do solo antes da ocorrência do acidente nos pátios de carretas e contêineres, aponta o relatório do Serviço Geológico do Brasil (CPRM).
De acordo com o relatório, a instabilidade na área, que culminou com o acidente, foi gerada pelo rebaixamento rápido do nível do rio com a vazante, por causa do aterro construído na base das encostas sobre depósitos de areia, lama e entulho, devido à presença de água na base da encosta e aterros e também pelo peso das carretas, contêineres e equipamentos que circulam no local.
De acordo com o geólogo Renê Luzardo, alguns indícios como postes inclinados e rachaduras no piso do porto já indicavam para o rastejamento do solo, processo no qual o peso e a pressão prolongada podem provocar deslizamentos de terra.
“São indícios cabais de que estava havendo movimentação lenta do solo. O acidente poderia ter sido evitado se houvesse um acompanhamento geotécnico antes e fossem feitas obras para reforçar a estrutura do local. O fator natural preparou a situação, mas não foi o único”, disse.
O engenheiro civil Benedito Carneiro, geotécnico responsável pelo laudo do Chibatão, afirma que o acidente foi decorrente de um fenômeno natural de deslizamento de talude que se acentuou com a vazante histórica do Rio Negro.
Fonte: portal@d24am.com/Tabajara Moreno
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