O Complexo de Logística de Cargas do Aeroporto Internacional Salgado Filho deverá ser entregue até o final de 2012. Ontem, a Infraero entregou a ordem de serviço para o consórcio de empresas paulistas vencedor da licitação para execução das obras. Liderado pela DPBarros, o grupo tem prazo de 60 dias para implementar os preparativos para a construção do novo terminal de cargas, que irá concentrar as operações nacionais e internacionais no mesmo lugar. Atualmente, a área do terminal de cargas é de 5.530 metros quadrados, incluindo edificações. Com a nova estrutura, o armazém terá 23 mil metros quadrados, e a capacidade de movimentação passa das atuais 35 mil toneladas por ano para 100 mil toneladas/ano.
Além do pátio próprio para cargas, o complexo irá contar com estrutura de apoio para abrigar órgãos públicos - como Anvisa e?Receita Federal - e privados - como despachantes aduaneiros e empresas -, bem como estacionamento para veículos de passeio e caminhões, além de armazéns para cargas perigosas. A infraestrutura também contará com pátio exclusivo para aeronaves cargueiras, podendo comportar quatro atendimentos simultâneos de aviões de grande porte. Conforme o superintendente do aeroporto, Jorge Herdina, o atual terminal de cargas será utilizado para outras atividades. "A princípio, pretende-se instalar empresas e serviços auxiliares ao transporte aéreo que operacionalizam carregamentos, suprimentos, bagagens, entre outros serviços de rampa."
O novo terminal irá funcionar no prolongamento da avenida Severo Dullius, próximo ao corpo de bombeiros. Antiga reivindicação da indústria gaúcha, a estrutura receberá investimento de R$ 98,3 milhões. "Este é o projeto complementar do plano de extensão da pista de pouso, que será ampliada em quase 1.000 metros, oferecendo condições de pleno aproveitamento das aeronaves e voos de longo alcance", diz Herdina. Ele destaca que as duas obras irão modificar o fluxo logístico das operações de voos para outros continentes, possibilitando que o despache destas cargas internacionais ocorra no próprio Salgado Filho. "Teremos condições de atingir os grandes mercados em voos diretos", comemora o superintendente.
Quanto à execução do prolongamento da pista de pouso do aeroporto, Herdina informa que a Infraero está negociando com o Exército brasileiro e a previsão é de que em dezembro se iniciem as obras, estimadas em R$ 188 milhões. "Estamos trabalhando na operacionalização do terminal 2 (desativado desde 2001) e nossa meta é que, em dezembro, o local esteja em condições mínimas para atendimento de um milhão e meio de passageiros por ano em voos domésticos", lembra o superintendente.
Fonte: Jornal do Commercio (RS)/Adriana Lampert
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