Cada vez mais os portos buscam desenvolver práticas sustentáveis, reduzindo os impactos de suas atividades nos ecossistemas onde estão instalados e ampliando suas operações. O Porto de Santos tem adotado essa estratégia, com a criação de programas ambientais voltados à região.

Para direcionar essas ações, a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp, a Autoridade Portuária de Santos) conta com uma agenda ambiental. Lançada no ano passado, após oito anos de discussões e debates com o meio acadêmico e empresarial locais, ela resume ações e estratégias a serem adotadas por todas as organizações que atuam no complexo marítimo, sejam elas públicas ou privadas, para que o cais santista se desenvolva sustentavelmente de maneira ágil e, ao mesmo tempo, eficiente.

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Foram 16 temas ambientais debatidos com a participação de cerca 50 entidades. Entre os tópicos que se destacam no estudo, estão o gerenciamento ambiental do complexo, as emissões de poluentes durante as operações, efluentes líquidos, dragagem dos acessos aquaviários ao cais santista, resíduos sólidos, os passivos ambientais, a relação porto-cidade, a relação porto-atividades pesqueira e boas práticas ambientais a serem adotadas pelos agentes.

Para cada tema, foram feitos diagnósticos da situação e identificados os problemas a serem enfrentados. Assim, foram definidas ações a serem adotadas e elaborados planejamentos para cada situação.

O estudo previu 13 medidas. Entre elas, estão: implementar unidades de gerenciamento ambiental no porto organizado e fora dele; promover o controle ambiental da atividade portuária; desenvolver o gerenciamento costeiro na região; regulamentar os procedimentos operacionais e capacitar profissionais para a gestão ambiental portuária, entre outros.

A elaboração da Agenda Ambiental do Porto de Santos, que tem 212 páginas, envolveu a Codesp, a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), ligada à Secretaria de Meio Ambiente do Governo do Estado, e a Universidade Católica de Santos (UniSantos), por meio de seu Grupo de Pesquisa de Gestão Ambiental (GPGA).

Durante seu lançamento, foram distribuídos dois mil exemplares pela Autoridade Portuária. Outros mil foram enviados a entidades de ensino da Baixada Santista e cerca de 50, entregues à Cetesb.

Fonte: Tribuna on line