O ministro dos Transportes, César Borges, disse ontem que a América Latina Logística (ALL), concessionária do trecho de ferrovia onde ocorreu acidente que matou oito pessoas em novembro em São José do Rio Preto (SP), tem deixado de fazer manutenção preventiva. Ele afirmou que já determinou à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) intensificar a fiscalização da malha sob responsabilidade da ALL.
Além disso, informou que foi apurado pela fiscalização que o trem que descarrilhou estava com velocidade de 36 km por hora, acima do limite de 25 km autorizado pela agência reguladora.
O ministro afirmou que será celebrado um termo de ajustamento de conduta (TAC) com a ALL para que sejam tomadas todas as medidas de ajuste e reparo da ferrovia que liga Estrela d'Oeste a Santos, considerado importante para economia brasileira pelo papel de escoamento da safra agrícola. As declarações foram feitas durante audiência pública na Câmara dos Deputados.
Em comunicado, a ALL informou que a condição de manutenção e conservação da linha "é adequada às normas de segurança estabelecidas e compatível com a velocidade em que o trem estava circulando". E que segue investigando as causas do acidente. Segundo a empresa, foram investidos mais de R$ 1,8 bilhão na recuperação da malha, além da compra de vagões e locomotivas e implementação de novas tecnologias para o transporte ferroviário. E que o valor é mais de 230% superior ao da gestão anterior (da Brasil Ferrovias).
Fonte:Valor Econômico/Rafael Bitencourt | De Brasília
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