A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e a GIZ (Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit) celebraram, nesta segunda-feira (18), um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) voltado ao desenvolvimento do projeto voltado à descarbonização no setor portuário no âmbito do projeto H2Uppp (International Hydrogen Ramp-Up Programme), financiado pelo Ministério da Economia e Ação Climática (BMWK) da Alemanha.
O estudo desenvolvido tem o objetivo de verificar a preparação da infraestrutura portuária nacional para o recebimento de embarcações que trafegam com combustíveis zero carbono, para o uso e exportação do hidrogênio verde e seus derivados (PtX) e para o fornecimento de energia proveniente de fontes renováveis para embarcações atracadas.
Outro ponto de destaque do trabalho será o levantamento das medidas que já estão sendo adotadas visando à redução de emissão de gases de efeito estufa pelas infraestruturas portuárias brasileiras e seus projetos em hidrogênio verde.
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O ACT prevê a divisão do projeto em três eixos. O Eixo 1 tratará da Revisão da Experiência Internacional Análise de documentos, artigos técnicos e científicos e estudos sobre transição energética e descarbonização no transporte marítimo e nos portos. Toda essa atividade caberá à Antaq.
Já o Eixo 2 será de responsabilidade da GIZ e abarcará um diagnóstico da Descarbonização dos Portos, levantamento de informações por meio de aplicação de questionário ou reunião com grupo focal ou entrevista com aplicação de questionário semiestruturado.
O terceiro e último eixo será conduzido pela Antaq e apresentará um Estudo de Caso por meio de levantamento de campo e entrevista semiestruturada com portos e entidades do setor portuário.
O evento de assinatura do ACT contou com a presença do diretor-geral da Antaq, Eduardo Nery, que enalteceu a parceria entre Antaq e GIZ. Nery também falou sobre a importância do projeto na busca da descarbonização do setor portuário nacional.
“Dentro da Agenda Ambiental da Antaq deste ano, foram incluídos três estudos que são estratégicos e importantes, dentre eles este que estamos tratando agora. Iremos entender como os portos estão preparados para receber embarcações que trafegam com combustíveis menos poluentes, se estão preparados para práticas de descarbonização até o suprimento de infraestrutura para as embarcações e instauração de parque offshore”, disse.
Junto com o diretor-geral, esteve presente o diretor de Gestão e Modernização Portuária no Ministério de Portos e Aeroportos (MPor), Otto Burlier, que enfatizou a agenda ambiental como prioridade para o Brasil. Ressaltou também que o Plano Setorial Portuário deverá abarcar ensinamentos trazidos por este e outros estudos feitos pela Antaq e órgãos envolvidos.
“De fato, essa agenda de sustentabilidade nos portos brasileiros é muito importante para o Ministério. Temos trabalhado em conjunto com outros membros de governo objetivando transformar o Brasil em um expoente nessa transição energética. Certamente devemos aproveitar esse aprendizado trazido pelo estudo na metodologia do plano setorial portuário”, afirmou.
O relator do eixo 1 do projeto voltado à descarbonização no setor portuário na Antaq, diretor Caio Farias, também esteve presente no evento. Ele destacou que todo o projeto será uma importante contribuição da Antaq para o desenvolvimento sustentável do setor.
“Fiquei muito feliz e entusiasmando com a relatoria desse processo certo da sua importância e significado para o setor. Esperamos que todo esse diagnóstico seja uma contribuição significativa da Agência para o desenvolvimento sustentável do nosso setor e acrescente mais informações ao debate que ainda é insipiente em nosso país”, declarou.
O evento contou com a presença dos diretores Flávia Takafashi e Alber Vasconcelos, do diretor de Energias Renováveis e Eficiência Energética da GIZ, Johannes Michael Kissel.
