Remoção do navio é essencial para revitalização do cais histórico do porto santista
O navio "Professor Besnard", conhecido pelas inúmeras viagens à Antártica, será desmantelado e retirado da área onde será implementado o futuro Parque Valongo, no Porto de Santos. A embarcação representa um risco ambiental e não tem mais condições de navegabilidade.
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Esta é a decisão do Tribunal de Justiça do estado de São Paulo, acordada com a Autoridade Portuária de Santos (APS), autora da ação de remoção. O custo do serviço deve ser pago pela Prefeitura de Ilhabela, dona do navio.
“A remoção do navio é um passo importante para todo o projeto de revitalização e uso público do trecho do cais compreendido entre os armazéns 1 ao 7 do Porto de Santos, a ser executado pela Prefeitura de Santos e pela autoridade portuária”, afirmou o presidente Anderson Pomini da APS, lembrando que o navio está sem uso desde 2008 e já cumpriu sua missão por 40 anos realizando mais de 150 viagens ao continente gelado.
A Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP) atesta, baseada em laudo do tecnólogo naval Ismaelso Zanetti Júnior, que o navio não tem condições de navegabilidade para que possa ser rebocado à Ilhabela para atender a proposta inicial, que seria afundá-lo de forma controlada para criar recifes artificiais.
A Justiça deixou claro os riscos do afundamento: “O afundamento de estrutura totalmente contaminada está fora de cogitação, agora sim, sob pena de risco efetivo ao meio ambiente natural”. E informou, ainda, que a preservação da memória do navio foi providenciada pela Universidade de São Paulo (USP), que já tinha removido "todo o material de interesse histórico da embarcação para seu próprio museu, sobrando praticamente apenas a carcaça”.
Agora, a APS informará a Prefeitura de Ilhabela sobre o custo do desmantelamento.