Com dificuldades de transporte em razão das chuvas, silos ficam lotados no Paraná
Armazéns do interior do Paraná estão trabalhando no limite da capacidade de estoque da produção agrícola para exportação, segundo a Ocepar (Organização das Cooperativas do Paraná).
Há cerca de 13,75 milhões de toneladas colhidas na região, o que representa 75% da produção da área.
A chuva do fim de fevereiro e do início de março já atrapalhava o carregamento de navios. Com as quedas de pontes e deslizamentos na BR-277 da sexta passada e a dificuldade de transporte, os silos encheram rapidamente.
A estrada leva ao porto de Paranaguá. O acesso à cidade continua restrito.
"Houve represamento [do estoque] e não há espaço nos armazéns para atender a colheita da safra", diz Luiz Sebastião Bronzatti, gerente na cooperativa Coamo.
Na Coamo, quase toda a capacidade de estoque de 4 milhões de toneladas é ocupada pela safra que chega do campo. Em algumas cooperativas, a armazenagem é feita a céu aberto.
Na Copavel (Cooperativa Agroindustrial de Cascavel), a 521 km de Curitiba, os silos de 420 mil toneladas, no total, estão cheios. No pátio, o excedente fica sobre lonas.
FLUXO LENTO
De acordo com a Ecovia, que administra a BR-277, o pior trecho é sobre a ponte do quilômetro 26, onde passa um caminhão por vez.
Segundo a Appa (Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina), as senhas que estavam bloqueadas para embarque de carga começaram a ser parcialmente liberadas ontem.
As senhas são distribuídas por sistema on-line e autorizam a saída, para o porto, dos caminhões que estão no interior. Elas evitam acúmulo de caminhões na estrada. Na madrugada de quarta, 566 caminhões passaram pelo Pátio de Triagem de Paranaguá, diz a Appa.
Fonte: Folha de São Paulo/ELIDA OLIVEIRA/DE SÃO PAULO
PUBLICIDADE