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Arrendamentos de terminais portuários no Pará vão reverter quadro de estagnação da expansão portuária, aponta CNA

Os leilões para arrendamento de terminais portuários no Pará, anunciados na sexta-feira (22/01) pelo ministro dos Portos, Helder Barbalho, podem representar um marco histórico para escoar a produção agropecuária pelo Norte do país e reverter o quadro de estagnação da expansão dos portos brasileiros.

Na avaliação da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a medida vai ajudar a desafogar os portos do Sul e Sudeste e dará início ao processo de operacionalização do Terminal de Outeiro, no Porto de Belém, que tende a ser o maior para a exportação de grãos, podendo ultrapassar a movimentação de 15 milhões de toneladas de soja e milho nos próximos cinco anos.


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O governo anunciou quatro leilões, no dia 31 de março, na sede da BM&Bovespa, em São Paulo. Além das áreas para o terminal de Outeiro, serão feitos dois leilões para terminais do Porto de Santarém e um para Vila do Conde, ambos no estado do Pará, com o objetivo de movimentar grãos e minério de ferro. “Foi um feito histórico para reverter o quadro de estagnação da expansão portuária no país”, disse o consultor de Logística e Infraestrutura da CNA, Luiz Antônio Fayet.

Para ele, essa iniciativa pode colocar o Sistema Portuário Belém/Guajará, onde ficam os terminais de Outeiro e Vila do Conde, entre os maiores entrepostos de exportação de soja e milho do mundo. “Com essa decisão, demos um passo importante para recuperar o tempo perdido. Podemos dizer que agora estamos dando início à reabertura dos portos brasileiros”, celebrou.

Segundo a CNA, um dos estados mais beneficiados será Mato Grosso, que terá redução de custos logísticos na ordem de US$ 40 a US$ 50 por tonelada no transporte da produção da porteira da fazenda até os portos de exportação. Essa redução nos custos do frete poderá dar um adicional de renda de 10% no caso da soja e de 20% para o milho.

A Confederação enfatiza, ainda, que a expansão dos portos do Pará, que compõem o corredor do Arco Norte, é uma demanda antiga do setor agropecuário, na qual a CNA, juntamente com os integrantes da Câmara Temática de Infraestrutura e Logística do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (CTLOG/MAPA), vem trabalhando desde 2010.

Além da ampliação da capacidade operacional dos portos do Pará, a CNA defende, também, a conclusão de obras nos corredores de acesso envolvendo outros modais de transporte (rodovias, ferrovias e hidrovias) para facilitar o escoamento pelos terminais do Arco Norte. Este corredor, que engloba as regiões Norte, Nordeste e parte do Centro-Oeste, responde por quase 60% da produção brasileira de soja e milho. Entretanto, apenas 15% deste total são exportados pelos portos dessas regiões, enquanto 85% desta safra seguem para os terminais do Sul e Sudeste, percorrendo distâncias de mais de dois mil quilômetros.

Fonte: CNA






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