As administrações da APM Terminals, Portonave e Superintendência do Porto de Itajaí defendem a construção de uma nova bacia de evolução, que permitiria a entrada de navios com até 366 metros nos terminais de Itajaí e Navegantes. O administrador da APM Terminals, Ricardo Arten; o da Portonave, Osmari de Castilho Ribas; e o superintendente do porto de Itajaí, Antônio Ayres dos Santos Jr. participaram de evento na Universidade do Vale do Itajaí, sobre a reforma portuária. Os três administradores entendem que se as obras da nova bacia de evolução não forem executadas, os terminais do sistema perderão competitividade para outros portos de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul em um curto espaço de tempo. Eles citam o exemplo de armadores que passaram a utilizar navios com 334 metros de comprimento na costa do Oceano Atlântico e que já começam a tirar os terminais das escalas.
As obras da nova bacia de evolução preveem desapropriação de terras no bairro São Pedro, em Navegantes, e a construção de uma bacia de manobras com o diâmetro de 450 metros e que possibilitará operações com navios com até 336 metros de comprimento e 48,2 metros de boca. A obra de construção da nova bacia de evolução vai custar em torno de R$ 300 milhões e, segundo Antônio Ayres, o governo do estado prontificou-se a buscar parte destes recursos (cerca de R$ 120 milhões) através de financiamento junto ao BNDES. O restante seria captado junto ao governo federal, com o provável apoio da Secretaria de Portos (SEP).
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De acordo com o superintendente da APM Terminals, Ricardo Arten, como a eficiência portuária está em Itajaí, é necessário que toda a cadeia logística usufrua dessa infraestrutura. “Não podemos ir contra a eficiência e a competitividade”, destacou Arten.