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Bilionário Eike Batista estuda desenvolver projeto logístico em Biguaçu

Local que seria construído o estaleiro OSX servirá de base

A REX, braço imobiliário do grupo EBX, do bilionário de Eike Batista, confirmou que estuda desenvolver um projeto logístico no terreno de 2 milhões de metros quadrados em Biguaçu. No local seria construído, inicialmente, o estaleiro OSX, investimento de US$ 1 bilhão que acabou transferido para o Rio de Janeiro.

Os planos da empresa podem ser divulgados com mais detalhes pela empresa ao prefeito de Biguaçu, José Castelo Deschamps, no dia 28. A reunião, que deveria ocorrer nesta terça, foi remarcada em função do caos aéreo originado pelos cancelamentos de voos provocados pelas cinzas do vulcão chileno Puyehue na região Sul.

Os cancelamentos teriam prejudicado a agenda de executivos da REX, empresa do Grupo EBX que entrou em cena quando o estaleiro da OSX migrou para o Rio de Janeiro. O prefeito de Biguaçu confirma que as conversas que teve, desde o ano passado, com o diretor-executivo da REX, Marco Adnet, apontavam para um projeto logístico para o terreno.

— Ele tem sido muito atencioso. Trocamos alguns telefonemas, quando expressamos a vontade do município em receber um centro de logística. Ele gostou muito da ideia, que conciliaria com alguns dos projetos sugeridos pelas consultorias que a empresa contratou — esclarece Deschamps.

De acordo com o procurador-geral de Biguaçu, Anderson Nazário, o grupo de Eike Batista teria investido, apenas na compra do terreno, R$ 75 milhões. Ele afirma que desde que o estaleiro da OSX foi anunciado na cidade de São João da Barra, no Rio de Janeiro, o Grupo EBX teria desistido de projetos similares ou que exigissem dragagem em Biguaçu.

A expectativa de Deschamps é que parte do terreno comprado por Eike Batista seja utilizado para um centro logístico, e que outra parte possa abrigar um parque industrial. Deschamps acredita que a ideia de um hotel-marina, citada por Eike logo após o anúncio do estaleiro da OSX no Rio de Janeiro, foi abandonada porque o empresário teria ficado "traumatizado".

— Ele ficou um pouco traumatizado com a questão do mar porque algumas pessoas não entenderam que ele queria fazer um projeto com equilíbrio na cidade. Estas pessoas ainda não assimilaram o quanto perdemos neste processo.

Fonte: Diário Catarinense/Alessandra Ogeda


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