O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, confirmou nesta quarta-feira, em reunião com o presidente do Banco do Brasil, Paulo Cafarelli, que decidiu encerrar o programa de construção e modernização de armazéns da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O governo tem um custo de R$ 2 milhões a R$ 3 milhões com o programa por ano, disse o ministro, de acordo com nota do Ministério da Agricultura.
Maggi já havia adiantado ao Valor, logo que assumiu o cargo em junho, que uma de suas principais prioridades seria “desmontar” o programa. O plano foi lançado em 2013, ainda no governo da ex-presidente Dilma Rousseff, e previa a construção e reforma de 90 armazéns em até dois anos. O BB é o responsável pela licitação de projetos e obras do programa, mas nenhuma obra saiu do papel até hoje.
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Segundo o ministro, a Conab irá ceder armazéns que estão ociosos em diferentes regiões do país para atender a necessidades de produtores locais. Disse ainda que o papel da Conab deve estar voltado ao acompanhamento de safras e à política de preços. “A manutenção de armazéns se justifica apenas em raríssimos casos”, afirmou, segundo a nota.
Ele acrescentou que o objetivo é ceder ou vender as unidades ociosas a Estados e municípios que poderão fazer parceria com a iniciativa privada. São 177 armazéns no país. A Conab está fazendo levantamento de quais estão em desuso. A primeira cessão foi feita hoje ao município de Chapadão do Sul (MS). No Estado, há 17 armazéns. A decisão visa também desonerar a União pela manutenção dessas unidades.
Fonte: Valor